Pensar em Deus diminui a ansiedade, diz estudo
Os pesquisadores mediram as ondas cerebrais em uma situação específica – a reação das pessoas ao saber que cometeram erros em um teste. Aqueles que foram preparados com pensamentos religiosos tiveram uma resposta menos proeminente do que aqueles que os que não receberam.
Os pesquisadores mostraram que, quando as pessoas pensam em religião e em Deus, o cérebro delas responde de uma forma diferente – elas reagem com menos sofrimento e ansiedade após cometerem erros.
Antes de passar por um teste de computador com alto índice de erros, parte dos participantes tinha escrito sobre religião, ou completado um jogo de palavras-cruzadas com termos relacionados a Deus. Os exames mostraram que a atividade cerebral desses voluntários era reduzida no córtex cingulado anterior, área associada à excitação e que gera um alerta quando as coisas dão errado.
Ateus
O curioso é que ateus reagiram de forma diferente: quando eram estimulados a pensar em assuntos relacionados a Deus, a atividade do córtex cingulado anterior deles aumentava. Os pesquisadores sugerem que, para pessoas religiosas, pensar em Deus pode fornecer uma maneira de ordenar o mundo e explicar eventos aparentemente aleatórios, o que reduz a angústia. Em contrapartida, para os ateus, os pensamentos sobre Deus podem contradizer o sistema de significados abraçado por eles e, assim, causar-lhes ainda mais sofrimento.
“Pensar em religião traz calma quando se está em um incêndio e torna as pessoas menos angustiadas ao cometerem um erro”, diz Inzlicht. Segundo ele, há evidência de que pessoas religiosas vivem mais tempo e tendem a ser mais felize e saudáveis, mas ainda faltam conclusões mais precisas.
Os ateus, no entanto, não devem se desesperar. Os pesquisadores acreditam que a redução do sofrimento pode ocorrer não apenas quando se pensa na religão, mas quando se fornece qualquer tipo de estrutura para compreender o mundo. Portanto, os ateus poderiam ter se saído melhor no estudo se tivessem sido estimulados a pensar em suas próprias crenças antes de fazer o teste.
Fonte: Uol / Gospel Prime
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