Drogas: Maconha Leva ao Crack e o Crack à Internação Compulsória
O problema do crack e drogas em geral revela não ser apenas uma questão de se legalizar a maconha. áreas de “cracolândia” são um não ao direito à vida e à integridade da criança e do adolescente. A internação Compulsória no Rio de Janeiro, vem como uma tentativa de fazer valer tais direitos.
Recentemente, três crianças começaram a receber internação compulsória para tratar da depedência do crack, no Rio de Janeiro. Meninos de 10,11 e 12 anos que estavam uma cracolância na favela do Jacarezinho estão sendo mantidas em clínica na zonal sul, internados com base no novo protocolo de abordagem a usuários de crack do município do Rio.
Os meninos foram recolhidos numa operação da Secretaria Municipal de Assistência Social que iniciou na semana passada. Segundo a secretaria, os garotos passaram por médicos e psicólogos da prefeitura, sendo conduzidos a um atendimento emergencial e a internação.
O novo modelo de tratamento obrigatório foi criado a partir de decreto municipal, e segundo Rodrigo Bethlem, o decreto foi elaborado com base nas conversas com o Ministério Público e as varas da infância.
“Chegamos à conclusão que essa é a melhor maneira de garantirmos a integridade física desses jovens. No ritmo que as crianças estão se viciando, a formação delas estará totalmente comprometida. Se deixarmos, serão adultos com mentes e corpos comprometidos, principalmente os neurônios,” disse ele segundo a VEJA.
A abordagem vem para garantir o direito à vida e à integridade física da criança do Estatudo da Criança e Adolescente.
“é inadmissível crianças e adolescentes usuárias de crack perambularem pelas ruas, se prostituirem e as autoridades não fazerem nada. Vamos ocupar o vácuo deixado por famílias desintegradas, que levaram esses jovens a essa situação, e vamos acolhê-los e interná-los para reintegrá-los à sociedade,” disse.
Falando sobre a questão do crack na semana passada, o fundador do Centro Terapêutico Vida, em Florianópolis Ismael dos Santos, acredita na recuperação dos jovens viciados em crack, acabando com o mito de que as drogas é um mundo sem volta.
Ele citou uma pesquisa recentemente publicada pela USP em que se constatou que 25% dos usuários foram a óbito, 20% continuaram dependentes, 12 % foram para trás das grades e finalmente, 40% dos usuários de crack superaram a dependência química. “E só superaram porque passaram por um período de internação,” afirmou.
Ismael que é ligado à Igreja Assembléia de Deus, tentou impedir a Marcha da Maconha que houve em sua cidade. Ele alega que “a maconha é o jardim de infância do Crack.”
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