Sobre algumas incoerências dos evangélicos... Uma breve opinião (minha)!

Queria escrever um texto mais elaborado, mas não tenho tempo agora! Contudo, não posso deixar de pedir a atenção de vocês para alguns absurdos que circulam por aí (e que os incautos saem reproduzindo sem o mínimo discernimento!).

Os evangélicos estão implicando com as supostas falas da candidata Dilma Rousseff de tal forma que muita gente mudou a opção de voto por esse motivo. Ora, ora, prezados! Sejam sensatos e coerentes! Analisem os fatos com discernimento e maturidade!

O que é o mundo? O que são os territórios nacionais? O que são os homens que pleiteiam os postos políticos?... Pensem nas orientações do apóstolo Paulo e não em falas insanas e incautas de alguns “agentes de púlpitos” – cuja maioria tem muitos interesses particulares nesses momentos eleitorais!

Só um exemplo: a melhor forma de acompanhar as notícias da Convenção Baiana da Assembléia de Deus é através deblogs regionais que publicam matéria sobre política! E sabem por quê? Simplesmente porque o ponto de pauta mais relevante das reuniões anuais da AD é a política! Confiram nos jornais!

Ah! Por favor! Há muito não vejo os seguidores do Cristo fazendo a “defesa da fé” nem das injustiças sociais! Tenho visto, sim, pastores que não pastoreiam, mas se preocupam em fazer alianças e conchavos políticos! E a membresia vai atrás, serve de “curral eleitoral” e repetem discursos (na maioria das vezes incoerentes!).

... E os políticos a-do-ram essa mudança de papel dos líderes religiosos (Ôps! Poderia dizer “líderes espirituais”, mas, como dizer isso no atual contexto?)!

O versículo bíblico mais citado nesses momentos de pleitos políticos é “Quando o justo governa o povo se alegra.” Qual o contexto desse versículo? Refere-se a quê? E as orientações do Novo Testamento? Quem leu? Quem sabe?...

Quando li (sozinha) o Evangelho descobri que, apesar de muitos seguirem o Cristo e presenciarem muitos milagres e coisas extraordinárias, no final das contas poucos tinham preocupações espirituais. Chegaram ao ponto de colocarem o Mestre “na parede” quando questionaram sobre o cenário político da nação. Algo mais ou menos assim: “Sim, você curou, pregou, implantou o Reino de Deus, mas quando vai colocar os romanos pra correr e proclamar a independência dos judeus? Quando vai ser o nosso líder político de fato?” O que o Cristo respondeu? (Alguém lê, de fato, o Evangelho?)

Algumas incoerências do “nosso arraial”:

A candidata Marina Silva é cristã, congrega na Assembléia de Deus. O candidato da chapa dela, na Bahia, é o Luiz Bassuma (ex PT). Ele é espírita kardecista. Come, bebe, anda, compartilha com ela, a nossa irmã! Lembram quando ele “incorporou” um espírito em plena sessão da Câmara? Eu me lembro (29 de outubro de 2004)!

Politicamente ele é um bom camarada. Até onde se sabe é um indivíduo ético e decente. Mas é “kardecista” e está na chapa de Marina. E aí?

Nesse meio as coisas funcionam assim! Não são coisas do “Reino”, mas “terrenas”. É tudo muito incoerente mesmo! A coerência tem que aparecer no “Reino” e não no “mundo”.

Marina deve ter entrado em templos evangélicos, lanchado e almoçado com grupos de pastores. E com o Bassuma a reboque (e isso deve ter feito o Alan Kardec se mexer na tumba fria)! Não ouvi um “ai” de “protesto” sobre isso (!!!)...

O apóstolo Paulo disse que enquanto vivermos nessa terra teremos que conviver com todo tipo de gente. Quem não quiser assim terá que sair do mundo. E só há uma maneira de sair do mundo: através da morte física (Ui! Quem quererá?...).

E sobre o aborto eu ouvi (na TV, entrevista na Record News) a Marina dizer que, se eleita, colocará esse tipo de questão para ser decidida em plebiscito. Ora, é a estratégia que ela tem para não ir de encontro à sua opção particular e, também, para não exigir que a sociedade desse Estado laico (?...) aceite a opinião de um líder político.

(Ah! Deixe-me esclarecer: nada contra a vida política da Marina Silva. Acho até interessante quando um cristão, na condição de cidadão terreno, consegue atuar politicamente sem colocar a fé como mote dos seus anseios políticos e sem fazer um “híbrido” disfarçadamente interesseiro.)

Com essa primeira “incoerência”, nem precisava citar outras, contudo, elencarei mais algumas...

FHC é ateu (claro que ele foi esperto e nem mexeu nessa questão!) e os evangélicos votaram nele sem pestanejar! Nunca ouvi alguém com medo disso! Ele governou durante oito anos e não vi o Brasil se tornar um Estado mais laico.

Por questões históricas (e até geográficas) os evangélicos brasileiros sempre votaram em candidatos de direita! Passaram a votar nos candidatos de esquerda, grosso modo, a partir do “fenômeno” Lula! E o que dizer desses anos todos votando em governos totalitários, autoritários e antidemocráticos?...

Se o Cristo tivesse emitido opiniões políticas o que será que teria dito? Bom, os judeus defendiam (pela formação religiosa) o “cuidado social”, a justiça social... É só ler trechos do livro do profeta Isaías e algumas partes das epístolas pastorais.

No período do último pleito eleitoral (para presidente) ouvi uma fala de um pastor (eu estava no local!) que disse ter visto uma “nuvem negra” pairando sobre o Brasil. A nuvem negra significava “Lula”, o comunista, o isso-e-aquilo-de-ruim! Depois desses oito anos (sem a tal nuvem) a maioria dos evangélicos (muitos de classes de renda muito baixa) tem se beneficiado dos programas sociais e até veem isso como uma providência divina.

Ah! E nessa época o Garotinho (recém-cristão) era candidato, também. Detalhe cômico: no segundo turno Garotinho apoiou Lula (o homem da “nuvem negra”)! Foi uma decepção geral (para os incautos). Outro “ah!”: um grupo de pastores da AD foi ter com FHC e afirmaram que a AD estaria com ele! Imagina o que é falar em nome de milhões de membros...

Cristãos migram (na maioria das vezes, ilegalmente) para países cujas leis são totalmente "anticristãs" (países europeus, por exemplo). Vivem (repito: na maioria das vezes ilegalmente – sem nenhum peso na consciência), trabalham, ganham dinheiro e nem atentam para o fato de que nesses territórios há um aparato legal em favor do aborto, do casamento de homossexuais, da eutanásia, etc.

A guisa de uma rápida conclusão...

Da minha vida espiritual e da minha santificação cuido eu!

O que me contamina é o que sai de mim (que é gerado na minha mente, pelas minhas concupiscências) – palavras do Mestre.

Sou contra o aborto? Não devo, então, praticá-lo! Assim como não me embriago com álcool nem uso entorpecentes e similares.

Tenho tanta sede de fazer a “defesa da fé”? Tenho como fazer isso sem ser via política!

O que os cristãos políticos tem feito ao longo desses anos nas “bancadas”? A “bancada” mais substanciosa e poderosa é a dos pastores da IURD. O que eles defendem? Obviamente só o “empoderamento” da própria IURD! E a Assembléia de Deus demonstra (pelas práticas óbvias) que tem total interesse em ocupar esse ranking (Tenho mil dados, só não tenho tempo agora para citá-los. Mas, é só fazer uma pesquisa rápida nos blogs e jornais).

Como gostaria que os crentes em Cristo fossem mais sensatos, coerentes e menos incautos! Que ouvissem mais o Mestre e menos as falas dos homens! Que se preocupassem mais em ser “luz e sal” da terra!

Voltem a optar por votar em Dilma (se essa era a sua intenção).

Nada (externo) poderá atingi-lo! O nosso “tesouro” não sofre esse tipo de ataque externo, mas poderá deixar de existir com algumas decisões (internas!) nossas. Pensem nisso!

Meu respeito e apreço a alguns “líderes espirituais” (conheço alguns) que são cidadãos terrenos, também (votam, pagam impostos, discutem política, pagam as suas contas e pastoreiam conforme a vocação para a qual foram chamados.) e cidadãos de outro território (mais sublime), mas, nem por isso, usam o púlpito ou o rebanho para os seus interesses pessoais disfarçados de interesses coletivos, nem dão orientações incoerentes para pessoas incautas!

Meu respeito aos poucos seres humanos que, mesmo não sendo seguidores do Cristo, não cometem impiedade nem são anticristo. Antes, como cidadãos, ao ocuparem cargos públicos, tem respeito e zelo pelo patrimônio público e pelejam por causas coletivas e não individuais.

Tenho dito (e assino)!

Aleselma Pereira (Nesse planeta e nesse território sou um monte de coisinhas insignificantes, mas sou, também, seguidora assumida do Cristo, portanto, sinto-me à vontade para emitir essa breve opinião).

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