Pressão de evangélicos não é por fé, mas por poder

Dayanne Sousa
A pressão de setores religiosos - principalmente evangélicos - sobre uma definição contra o aborto da campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT) não tem motivação religiosa, mas é uma forma de barganhar por poder, avalia a cientista Maria das Dores Campos Machado. Ela destaca que, neste segundo turno presidencial - nem Dilma, nem José Serra (PSDB) têm perfil religioso. Para ela, qualquer um dos dois tem chances de ganhar o apoio desses grupos por negociação.
- Eu percebo que existe um pragmatismo muito grande nos grupos religiosos. Eles sabem que estão lidando com dois candidatos que não são religiosos.
Para a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), os pastores viram na polêmica uma chance de se estabelecerem na política.
- É um jogo e o que estas lideranças querem mostrar é que estão sendo reconhecidas.
Autora dos livros "Os Votos de Deus" e "Política e Religião", Maria das Dores é diretora de um núcleo de estudos sobre religião e política. Em entrevista a Terra Magazine, ela critica o uso da discussão em torno da descriminalização do aborto nas eleições. "O fato de isso aparecer na eleição, mostra como o debate na sociedade é incipiente". "Esse tema está sendo usado na eleição porque a sociedade não tem uma posição clara".


Leia a entrevista na íntegra.

Fonte: TERRA

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