Igreja Presbiteriana do Brasil se mantém neutra durante as eleições

No último dia 13/10, durante um almoço líderes evangélicos de diversas denominações declararam publicamente apoio à candidata à presidência, Dilma Rousseff.

Além de Manoel Ferreira e Samuel Câmara (da Assembleia de Deus), o Rev. Guilhermino Cunha, da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro também assumiu seu posicionamento político em favor da petista. Porém em documento publicado recentemente no site oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil, o presidente Supremo Concílio, Rev. Roberto Brasileiro Silva afirmou que a denominação "não apóia individual e oficialmente nenhum candidato ou partido político, bem como, nenhum de seus membros tem autorização para falar em seu nome".

No documento também há esclarecimento de que durante os encontros nos quais se fala sobre política e eleições, a liderança da denominação apenas tem "orientado seus membros a votarem com consciência e senso crítico".


Confira na íntegra o documento:

EM TEMPO DE SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES GERAIS NO BRASIL

A Igreja Presbiteriana do Brasil, em obediência à Sagrada Palavra de Deus, reconhece que Deus é o Soberano Senhor sobre toda a terra e que seu governo abrange todas as dimensões da existência humana. Assim, todo ser humano investido de autoridade está sujeito a Deus, pesando sobre ele o dever de exercer suas funções públicas com equidade e fidelidade. Os cristãos são conclamados a participar no processo eleitoral e político do mesmo modo como precisam se envolver nas demais áreas da sociedade. À igreja, pois, cabe a tarefa de orientar seus membros para que sejam responsáveis e atuantes em cumprimento aos mandados de Deus.

Reafirmamos que a Igreja prima pela inviolabilidade da consciência política de seus membros e, portanto, não apóia individual e oficialmente nenhum candidato ou partido político, bem como, nenhum de seus membros tem autorização para falar em seu nome, indicando ou apoiando em nome da Igreja qualquer candidato. Não apresentamos nenhum nome com a intenção de manipular ou induzir as pessoas, impondo-lhes a obrigação de votar nos mesmos.

A Igreja Presbiteriana do Brasil fala por meio de Concílios e não por indivíduos, mesmo que investidos de autoridade pastoral individualizada. O Supremo Concílio da Igreja reunido em Curitiba, em julho de 2010, não oficializou nenhum apoio a quaisquer candidatos e nem a partidos políticos específicos, somente orientou que a Igreja no seu todo participe de forma crítica levando em conta as propostas apresentas. O direito do voto é intransferível e inegociável e deve expressar a consciência do cristão verdadeiro.

A Igreja Presbiteriana do Brasil já tem de forma pastoral orientado os seus membros e publicado o seu posicionamento oficial em relação a questões críticas discutidas neste momento de debate político.

Rogando as mais ricas bênçãos sobre o povo de Deus nessa hora, e suplicando ao Senhor da Seara que abençoe os membros da Igreja Presbiteriana do Brasil no exercício fiel de sua cidadania, despeço-me.

Do servo,

Rev. Roberto Brasileiro Silva

Presidente do Supremo Concílio Igreja Presbiteriana do Brasil

Fonte: Guia-me



Via: www.guiame.com.br

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