Em Minas, religiosos fazem ato em apoio a Dilma

JULIANA PRADO
Direto de Belo Horizonte



A campanha da ex-ministra da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) em Minas Gerais promoveu em Belo Horizonte um ato para formalização de apoio de representantes católicos e evangélicos à presidenciável petista. O encontro, que contou com a participação do chefe de gabinete do presidente Lula, Gilberto Carvalho, foi uma das etapas da mobilização que acontece em todo o Brasil.

O padre Manoel Godoi, que ajudou na organização do evento de Belo Horizonte, esclarece que os apoios formalizados são individuais, "de cristãos que assumem sua adesão". Eles não representam, por exemplo, congregações ou paróquias específicas, no caso da Igreja Católica.

No ato de apoio em Minas, dezenas de religiosos e leigos assinaram um manifesto intitulado "Se nos calarmos, até as pedras gritarão!". De acordo com o texto, participam do documento "ministros, ministras, agentes de pastoral, teólogos/as, padres, pastores e pastoras, intelectuais e militantes sociais, membros de diferentes Igrejas cristãs, movidos/as pela fidelidade à verdade".

Em um dos trechos do manifesto, os apoiadores da petista afirmam que "para o projeto de um Brasil justo e igualitário, a eleição de Dilma para presidente da República representará um passo maior que a eventualidade de uma vitória do Serra, que, segundo nossa análise, nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos socioculturais e econômicos".

O documento, que conta com centenas de assinaturas de lideranças religiosas e leigos ligados ao catolicismo e à doutrina evangélica, ainda aborsa a polêmica envolvendo as posições de Dilma sobre aborto e união civil de homossexuais.

"Nestes dias, circulam pela internet, pela imprensa e dentro de algumas de nossas igrejas, manifestações de líderes cristãos que, em nome da fé, pedem ao povo que não vote em Dilma Rousseff sob o pretexto de que ela seria favorável ao aborto, ao casamento gay e a outras medidas tidas como 'contrárias à moral'. A própria candidata negou a veracidade destas afirmações."

'Fenômeno importante'
Um dos organizadores do evento em Minas Gerais, deputado estadual Padre João (PT), minimiza os possíveis danos na insistência da pauta religiosa para a própria sociedade brasileira. "O fenômeno religioso é importante na vida do ser humano. O maior equívoco, no entanto, da campanha adversária (de José Serra) foi restringir um projeto de Estado e de nação a uma questão moral e religiosa".

De acordo com o padre/deputado, - ele mesmo símbolo da mescla entre fé e política -, a intenção do encontro foi "justamente" mostrar que a discussão principal é sobre a valorização da vida como um todo e não de questões morais pontuais. "Não podemos nos ater à discussão sobre o ser humano apenas sobre a fase embrionária", pontua, em relação à polêmica sobre a descriminalização ou não do aborto.

PMDB e o cardeal
Na mesma toada religiosa, o PMDB de Minas Gerais divulgou nota à imprensa nesta quinta-feira (21) informando que a direção da sigla "congratula" o arcebispo de Aparecida, Raymundo Damasceno, nomeado novo cardeal pelo papa. O comunicado felicita Dom Raymundo, que é mineiro. "Em nome da família peemedebista mineira apresentamos a Vossa Excelência Reverendíssima os nossos cumprimentos apresentando nossos votos de plena realização de novas responsabilidades atribuídas pelo Papa Bento XVI".

Fonte: TERRA

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