Tutancâmon morreu de malária e infecção óssea, diz estudo

O faraó egípcio Tutancâmon morreu jovem, aos 19 anos
O faraó egípcio Tutancâmon pode ter morrido de malária combinada com uma rara infecção nos ossos, sugere um estudo publicado nesta terça-feira na revista científica Journal of the American Association.
Os cientistas, liderados pelo arqueólogo-chefe do Egito, Zahi Hawass, passaram dois anos pesquisando os restos mumificados do faraó, que morreu aos 19 anos, e de outras dez múmias pertencentes à família real, inclusive a avó e o pai de Tutancâmon, para extrair amostras de DNA.
Na análise do DNA do faraó, os pesquisadores encontraram sinais do parasita da malária – a mais antiga prova genética da doença já identificada. Além disso, o estudo sugere ainda que Tutancâmon poderia ter sofrido de uma inflamação rara nos ossos, chamada de Doença de Kohler.
O faraó ainda teria um pé torto congênito e uma curvatura na espinha.
Segundo os pesquisadores, essas descobertas explicariam porque foram encontrados cajados e pedaços de madeira entre os pertences de Tutancâmon, que poderiam ter sido usados como bengalas pelo faraó.
Desde a descoberta da tumba intacta do faraó por Howard Carter, no Vale dos Reis, em 1922, acadêmicos vêm especulando sobre o motivo da morte prematura de Tutancâmon e sugerem que ele pode ter sido traído e assassinado.
Outras teorias sugerem que ele poderia ter sido atropelado por uma charrete ou que, como morreu novo e não deixou herdeiros, o faraó poderia sofrer de uma doença genética.
Alguns artefatos da época mostram que a realeza tinha uma aparência curvada e feminina, o que, segundo alguns acadêmicos, seria típico de condições hereditárias como a síndrome de Marfan, caracterizada por membros longos.
Mas a equipe de Hawass rejeita essas explicações.
Fonte: BBC Brasil
Comentários