Brasil mantém título de país dos "políticos que não amam as mulheres"

Neste Dia Internacional da Mulher, as brasileiras encaram um fato amargo e já antigo: 25 anos depois da volta da democracia e 22 anos após a promulgação da Constituição, que assegurou a igualdade entre os sexos, a participação efetiva das mulheres na política do país ainda beira o insignificante.

Exemplo disto é o ranking criado pela União Interparlamentar (IPU, na sigla em inglês), uma organização internacional de parlamentos, que coloca o Brasil em 110º lugar entre 140 países em termos de presença das mulheres no Poder Legislativo. Atualmente, o Congresso conta com 45 deputadas federais (8,8% do total) e dez senadoras (12,3%). Este é o segundo pior índice da América do Sul, à frente apenas da Colômbia, que ficou em 113º lugar no levantamento.

Na opinião da cientista política e professora da Universidade de Brasília (UnB) Lúcia Avelar, vencer o descaso e a rejeição dentro dos próprios partidos é um dos grandes desafios femininos no meio político. "Os partidos são muito refratários. Eles acham que a entrada das mulheres na política não tem a menor importância, e inclusive as veem como competidoras, como se elas quisessem tomar o lugar deles", afirma. Avelar diz ter entrevistado e conhecido mulheres que encararam os partidos "de peito aberto" e tentaram provocar mudanças, mas que acabaram desistindo frente às dificuldades.

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