Religião subiu nos palanques da sucessão presidencial
Roberto Stuckert /Divulgação ![]() Ao lado do vereador da capital paulista Gabriel Chalita, Dilma Rousseff participou do coquetel de inaugurção das novas instalações do Sistema Canção Nova de Comunicação |
Vitor Hugo Soares
De Salvador (BA)
Em março deste ano, quando o bafafá da disputa sucessória começava a ganhar pressão, o presidente Luis Inácio Lula da Silva segurou pelo braço sua candidata, a ainda ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e sem dar bola aparentemente para a justiça eleitoral, vôou com ela e comitiva para a Bahia. Cortou o caminho do litoral e pousou no aeroporto da pernambucana Petrolina. Em seguida, atravessou a ponte e logo estava na baiana cidade de Juazeiro, também na beira do Rio São Francisco, local escolhido a dedo para a lição de "como fazer política", que ele queria ministrar a Dilma e aos coordenadores de sua campanha.
No município administrado por um prefeito comunista do PC do B, ladeado pelo governador Jaques Wagner e os ministros Geddel Vieira Lima e Franklin Martins, o presidente pressionou o botão que acionava as bombas de irrigação do projeto Salitre. Em seguida, dedicou as palavras mais candentes e afetuosas de seu discurso a uma figura religiosa marcante na região, mas ausente na cerimônia: o bispo diocesano aposentado Dom José Rodrigues, chamada do "o Bispo dos Excluídos". Diante de uma espantada Dilma, o presidente recordou o velho amigo e aliado de peso - apesar da aparente fragilidade física do bispo destacado no âmbito da chamada "igreja progressista" no Nordeste. Seguidor de palavras e exemplo do arcebispo de Olinda e Recife, D. Helder Câmara, para Dom Rodrigues até figuras com voz forte na igreja da Bahia e no Vaticano, como os cardeais Avelar Brandão Vilela e Lucas Moreira Neves, tiravam o gorro cardinalício.
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