Fujimori e o sol da justiça

Da janela de minha casa, observo um espetáculo: o sol indo embora e transformando as cores das nuvens. Mais bonito, porém, é vê-lo voltando no outro dia. Para mim, o nascer do sol é memorial da esperança de que Deus “vai endireitar toda a criação”, como diz N. T. Wright no livro Simplesmente Cristão.

Para o autor, o anseio do ser humano por justiça é o “eco de uma voz”, a voz do sol da justiça. Enquanto essa voz não conclui seus planos, cabe a nós, seus seguidores, sermos agentes da sua justiça e celebrarmos as vitórias que sinalizam sua vontade. Fazer isso é testemunhar a verdadeira esperança.

A condenação na semana passada de Alberto Fujimori, ex-presidente do Peru (1990-2000), é um destes sinais. Pela primeira vez um presidente da América Latina, que foi democraticamente eleito, é considerado culpado pela Justiça do próprio país por violação dos direitos humanos.

Com a justificativa de combater o terrorismo do Sendero Luminoso, Fujimori organizou um grupo de extermínio. Ao todo 25 pessoas, inclusive uma criança de 8 anos, foram mortas. Durante o julgamento, que começou em dezembro de 2007, foram realizadas 160 audiências e ouvidos os depoimentos de 90 testemunhas.

Por que celebrar a condenação de Fujimori? Porque os fins não justificam os meios. E porque há uma “voz” ativa neste mundo que quer “fazer justiça, endireitar as coisas, endireitar a nós mesmos, e por fim, resgatar o mundo” (p. 21, Simplesmente Cristão).

Lissânder Dias, Rede Mãos Dadas
Fonte: www.ultimato.com.br

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