Natal: Cristianismo ou Consumismo? O que realmente comemoramos?




Impossível não ser incomodado nesta época do ano. São tantas propagandas, chamadas, promoções, comerciais, que você se sente meio anestesiado. E de repente descobrimos que o “espírito do natal” é realizado pela empresa que faz o peru, pela outra que tem o Urso Polar tomando refrigerante e pela cerveja. Achamos maravilhoso quando saímos na rua, no sol de verão de 40 graus e vemos os “papais noeis” vestidos com roupa de frio, para enfrentar o frio da Lapônia (onde dizem que ele mora). E adoramos os filmes de natal mostrando pessoas com quilos de roupa e neve, enquanto nossos filhos brincam nas areias da praia ou nas piscinas montáveis nos quintais de casa.

Vivemos a era da informação instantânea, mas também da ambigüidade instantânea, somos uma geração do fast-food integral. Não analisamos nada do que acontece ao nosso redor, simplesmente jogamos tudo para dentro de nossa mente e corpo e acreditamos que isto de alguma forma é bom. Esquecemos um conselho básico do apostolo Paulo: “Vejam e analisem tudo, mas retenham apenas o que é bom”.

Nós substituímos o Deus Criador e Salvador pelo deus do consumo, do prazer e do estar bem. Sai Jesus, entra Papai Noel. Sai a manjedoura e entra a árvore de natal. Sai o Deus conosco e entra o compre mais e pague como puder. A previsão de venda para este Natal no EUA é de 400 bilhões de dólares, aqui no Brasil a previsão se aproxima na faixa dos 30 bilhões de reais.

Há 50 anos atrás as atividades de natal se concentravam nas ações cristãs religiosas: Vigília de Natal, apresentações de teatro com encenação da noite de natal, Missa do Galo, Cantatas, entre outras ações. Hoje, elas se concentram nos Shoppings e suas maratonas de 48 horas abertos, nas enormes filas de pagamento e a tristeza de ter comprado o presente errado e ainda ficar pagando até o próximo natal.

Por tudo isto, pense por um instante na pergunta: Qual o significado do Natal? Ah! Marcos, esta resposta é simples! – você deve estar pensando. Natal significa o nascimento de Jesus. Uma resposta pronta, objetiva e direta, mas não é isto, que estou perguntando:

O que significa o nascimento de Jesus para a sua vida?

O que seria dela se Jesus não tivesse nascido? Se ainda vivêssemos os anos da promessa da vinda do Messias, esperando seu primeiro advento?

Vivemos no automático, em nossa vida fragmentada. Na igreja, cantamos a vinda de Jesus; no shopping, dedicamos nossos esforços ao consumo. Acreditamos piamente que podemos comprar o amor, carinho e atenção das pessoas com os presentes de natal (não é isto que as propagandas querem nos fazer acreditar?!). No natal queremos preencher nosso vazio existencial consumindo para nós e para os outros.

Natal = Deus conosco. Deus em nós, Deus entre nós.

Mas temos espaço para este Jesus?

No meio das luzes de natal e banners, seria possível ver a estrela e encontrar manjedoura? Em nossos dias, os três reis magos, muito provavelmente, iriam acabar em alguma fila de troca de shopping acreditando encontrar algo importante.

Não fomos criados por Deus para viver com o único objetivo de crescer, enriquecer e consumir. Jesus veio viver a essência, viveu com o essencial e deu siginificado à nossa existência.

O que significa o nascimento de Jesus para você?

* Artigo de Marcos Custódio, diretor da organização cristã A Rocha Brasil

Fonte: Agencia Soma

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