Homem tenta atear fogo em padre durante a missa

A maioria dos 300 fiéis que assistiam à missa das 10h na igreja matriz de Tanabi estava com a mão direita diante dos olhos e não viram quando Marcos Buzzini Teixeira, de 30 anos, jogou álcool e tentou colocar fogo no padre Mário Ustazewisck, 66. A missa chegava ao fim e o padre, que dirige a paróquia há 14 anos, havia pedido aos fiéis que levassem a mão esquerda ao peito e a direita sobre os olhos enquanto ele faria uma oração a Santa Luzia, protetora da visão, venerada em 13 de dezembro. Por isso, pouca gente viu quando o agressor saltou para cima do altar com o frasco de álcool já aberto e espalhou o líquido sobre cabeça e as vestimentas do sacerdote.

“Eu estava no meio da oração, com os olhos semicerrados e percebi um vulto muito rápido”, contou o padre.

“Com muita agilidade, ele deu um salto e ficou em pé sobre o altar.”


Ao lado do padre estava o diácono e cocelebrante da missa Antônio Guerreiro Rodrigues, 48, que também é agente policial. Ele que se encontrava no primeiro banco, agiu rápido e jogou o agressor no chão antes que conseguisse levar o isqueiro aceso às roupas do padre.

“Meu irmão viu o homem abrir o frasco e jogar a tampa embaixo do banco. Ele pensou que fosse um bêbado, alguém que iria tomar pinga ali mesmo na missa”, conta a rio-pretense Vanderléia Cardoso de Morais, amiga e advogada da família Ustazewisck.
Marcos Buzzini Teixeira foi preso em flagrante por tentativa de homicídio e levado à cadeia pública de Monte Aprazível.

Homem esteve na igreja no sábado


De acordo com o padre Mário Ustazewisck, o homem que tentou atear fogo nele havia passado na igreja no sábado. “Ele perguntou à zeladora quais os horários de missa”, contou o padre. Duas semanas antes, ele já havia registrado uma queixa na polícia contra a igreja católica. Segundo o padre, Marcos Buzzini foi à igreja para doar R$ 5. “Ele me disse que era o dízimo. Vi que era uma pessoa humilde e me recusei a receber. Sugeri que ele usasse o dinheiro para alguma coisa útil a ele”, contou o padre. Diante da insistência do homem, a funcionária da paróquia recebeu o dinheiro e entregou um recibo ao doador. “Em seguida ele foi ao Ministério Público e denunciou que a igreja havia se apoderado ilicitamente do dinheiro dele.”

Na polícia, durante o registro de um boletim de ocorrência por orientação do Ministério Público, Marcos Buzzini disse que o dinheiro dele tinha sido mandado para Roma, “onde o papa fica só jogando bilhar com os bispos”. Na tarde deste domingo, padre Mário disse que perdoou o agressor e sugeriu cuidados psiquiátricos a ele.

Fonte: Dia Bauru

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