Vai tudo bem?

Antes que se prontifique a responder, há de convir comigo que se não cumprimentou alguém assim, já foi cumprimentado nesses termos. Você pode concordar comigo que nem sempre estamos interessados na resposta, seja a que daremos ou a que os outros nos darão. Fazemos a pergunta mais por hábito que, necessariamente, por interesse, e continuamos no nosso caminho. E se formos sinceros conosco mesmos, com o nosso próximo e com o Pai, não estamos dispostos a ser pacientes. Normalmente, as pessoas fazem a pergunta e não esperam a resposta. Mais que uma questão de interesse, a pergunta é mais força de hábito, educação, saudação, que realmente desejo de saber o que se passa com a pessoa.

Por que assim procedemos muitas vezes? Seria culpa da pressa, da correria, do chamado "tempos modernos?" Ou por que não estamos dispostos a ouvir o que os outros têm a nos dizer?

Houve um instante quando, lá no Jardim do Éden, Deus olhou para o homem e fez uma pergunta: "Adão, onde estás?" Não que Deus não estivesse vendo Adão, porque ninguém pode se esconder de seus olhos, mas Ele estava perguntando: "Adão, tudo bem?" E Adão se escondeu e disse: "Vai tudo bem". Acontece que nada estava indo bem.

Quando a pessoa perde o relacionamento com Deus, perde o relacionamento com o próximo também. Que você tenha a liberdade de parar e responder, realmente do seu coração: "Vai tudo bem". Você pode dizer que vai tudo muito bem, porque o cristão está além das circunstâncias. Mas, quando necessitar, que você possa dividir a sua carga com outro. Deus viu que a situação do homem não ia bem e não cruzou os braços. Deus enviou Jesus, o seu Filho, para pagar o preço do nosso resgate e, desta forma, podermos afirmar: "Vai tudo bem porque o Senhor me ama".

Amados, quero considerar três razões porque as pessoas dizem que tudo vai bem, enquanto as coisas não estão bem. A primeira delas: ausência de simpatia. Há pessoas que não são simpáticas, que não sabem compartilhar da dor ou da alegria do outro, que não têm habilidade de atrair ou consolar os aflitos, que não criam confiança, que não estão preparadas para aconselhar ou dispostas a dar um pouco da sua vida em favor do outro. A segunda razão é o orgulho. Muitos preferem guardar a aparência e não querem dar o braço a torcer. Evitam fazer a confissão de dor, de fraqueza, de temor. A terceira razão é a ignorância. Porque não querem afirmar ou desconhecem que aquela situação é uma situação pecaminosa e que todo pecado leva à morte, à destruição, ao mal.

Vai tudo bem? Você pode dizer: "Sim, vai bem"; porque o Senhor está no Trono e Ele tem tudo sob controle. Mas há momentos em que você vai precisar da ajuda de um irmão ou irmã, da sua oração, da sua companhia, da sua presença. Quando você perguntar a alguém "vai tudo bem?", pare um pouco, escute o seu irmão ou irmã e seja uma verdadeira bênção para ele.

Pr. Márcio Valadão

Texto extraído do O TEMPO on-line

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