Rei da Arábia Saudita anula sentença contra mulher condenada por dirigir


Do portal UOL
O rei Abdullah da Arábia Saudita anulou nesta quarta-feira a sentença contra uma mulher condenada a dez chibatadas por dirigir um automóvel, violando a lei que proíbe as mulheres de dirigir, anunciou uma princesa saudita.

"Graças a Deus a flagelação de Sheima foi anulada. Graças a nosso amado rei", anunciou em sua conta do Twitter a princesa Amira Tawil, mulher do sobrinho do rei e homem de negócios Walid ben Talal. A anulação da condenação foi confirmada por uma fonte em Riad.

Sheima Jastaniah foi condenada na segunda-feira por um tribunal de Yeda, cidade onde havia sido detida em julho quando dirigia um carro, segundo anunciou na terça-feira uma militante de defesa dos direitos humanos.

Segundo ela, Sheima Jastaniah "não quis falar aos meios de comunicação sobre seu processo (...) e estamos impressionados" de que tenha sido condenada a dez chibatadas.

Essa condenação ocorreu um dia depois do anúncio histórico feito pelo rei Abdullah que deu às mulheres o direito ao voto e à candidatura nas eleições municipais e para sua entrada ao Majlis al-Shura, conselho consultivo cujos membros são nomeados.

A Anistia Internacional condenou essa sentença, ao afirmar que mostrava a "magnitude das discriminações contra as mulheres".

Publicado na Veja On-line
Foto: Reuters
Uma corte da Arábia Saudita sentenciou uma mulher a dez chibatadas por desafiar a proibição do reino contra a direção feminina. De acordo com a ativista Samar Badawi, Shaima Ghassaniya foi declarada culpada nesta terça-feira por dirigir sem permissão do governo em Jeddah, em julho deste ano.
A decisão judicial é tomada dois dias depois de o rei saudita, Abdullah, ter anunciado que as mulheres terão o direito de votar e concorrer nas eleições locais do país pela primeira vez a partir de 2015. A organização Women2drive, que defende o direito de as mulheres dirigirem na Arábia Saudita, disse que entrou com uma apelação.
direito feminino ao voto e à disputa de eleições municipais representará um feito inédito para um país ultraconservador, onde as mulheres são sujeitas a muitas restrições, como, por exemplo, a proibição de dirigir um automóvel e de viajar sem o consentimento de um guardião masculino.
Decisão – O rei Abdullah disse que tomou esta decisão porque se “recusa a marginalizar” o papel da mulher na sociedade saudita em “todos os campos”. De acordo com Abdullah, a modernização equilibrada de acordo com oa valores islâmicos é uma “demanda necessária” em uma época em que não há lugar para aqueles que hesitam.
Ele não mencionou qualquer coisa sobre o direito das mulheres de dirigir no reino, onde elas precisam contratar motoristas homens ou depender da boa vontade de parentes se não tiverem os meios de fazê-lo. Mas Manal al-Sharif, uma consultora de segurança informática de 32 anos, detida por 10 dias após publicar no site YouTube um vídeo no qual ela aparecia circulando de carro na cidade de Khobar, disse que a decisão do rei foi “histórica e corajosa”.
Eleições - A decisão real significa que as mulheres poderão participar das eleições previstas para daqui a quatro anos, uma vez que o próximo pleito será disputado na quinta-feira e as indicações já estão fechadas. Além de participar das listas públicas únicas no país, as mulheres também teriam o direito de ingressar no Conselho (consultivo) da Shura, cujos membros são todos nomeados, afirmou o rei no discurso de inauguração da nova legislatura do conselho.
Na próxima quinta-feira, mais de 5.000 homens disputarão as eleições municipais – as segundas da história da Arábia Saudita – para preencher a metade das cadeiras dos 285 conselhos municipais do reino. A outra metade é indicada pelo governo. As primeiras eleições foram celebradas em 2005, mas o governo estendeu a legislatura do atual conselho por dois anos.
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