Reunião analisa políticas globais de combate às drogas

Encontro reúne ministros e autoridades de 53 países-membros da Comissão de Narcóticos; estão sendo debatidos dependência, lavagem de dinheiro e cooperação internacional; reunião deve apresentar plano de ação para a próxima década.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Crime: plano de ação global

Começou nesta quarta-feira, em Viena, na Áustria, a 52ª. sessão da Comissão de Narcóticos das Nações Unidas.

Participam do encontro ministros de Estado e autoridades especializadas no combate de entorpecentes.

Usuários

A agenda inclui cooperação internacional no combate às drogas, abuso de substâncias químicas e lavagem de dinheiro, entre outros temas.

A conferência também deverá produzir um plano de ação global para a próxima década.

Segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, o número de usuários equivale a cerca de 5% da população mundial.

A encarregada de informação do Unodc, Luciana Viegas, disse à Rádio ONU, de Viena, que o encontro analisará o papel da sáude nas políticas de combate a entorpecentes.

"O mais importante é a questão de colocar a saúde no centro e ver no problema das drogas um problema de saúde. Não só uma questão de uma política de lei e ordem, mas de saúde. A presidência da sessão é ocupada pela Namíbia e pelo México que é um país que está sendo muito afetado pelo problema das drogas. Eu acho que a situação da oferta também estará sendo bastante discutida nos próximos dois dias", afirmou.

Crime Organizado

Analistas dizem que as atuais políticas de combate às drogas estariam levando a um aumento do crime organizado.

Numa declaração, nesta terça-feira, a alta comissária de direitos humanos da ONU, Navi Pillay, afirmou que a redução de danos e os direitos humanos devem ocupar um papel central nas discussões internacionais para responder ao abuso de substâncias ilegais.

Pillay lembrou que os usuários, com muita freqüência, são vítimas de ações que se concentram mais na punição que no tratamento.

Segundo ela, não se deve em circunstância alguma aplicar técnicas de tortura como parte da política de combate às drogas, e que os condenados por delitos relacionados ao problema não devem ser transferidos para países onde poderão ser torturados.

O encontro de alto nível dos ministros de Estado e demais autoridades termina nesta quinta-feira. A sessão em si deve durar até 20 de março.

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