A idolatria do consumo

O espaço urbano trouxe consigo a embalagem e o lixo dos produtos de mercado.


Por
CARLOS QUEIROZ



A aglomeração de seres humanos em comunidades urbanas é um dos frutos da modernidade. Intensificado a partir da Revolução Industrial do século 18, o fenômeno da urbanização logo se mostrou irreversível – 80% da população brasileira, por exemplo, vive nas cidades. E, no espaço urbano, a vida vai se tornando atrativa e ao mesmo tempo complexa. As cidades modernas são um encanto tecnológico: aviões cruzam os céus acima de monumentais blocos de apartamentos; trens e metrôs atravessam trilhos em alta velocidade, enquanto os shoppings, templos suntuosos do consumo, viraram centros de convivência que exercem uma atração irresistível.

Ao mesmo tempo, o espaço urbano trouxe consigo a embalagem e o lixo dos produtos de mercado. O mundo urbanizado aglutinou e incrementou a violência, acentuando a miséria e popularizando a fome. As metrópoles concentraram a riqueza e criaram novos atores sociais. A criminalidade, fenômeno decorrente das desigualdades e da cegueira social, é um câncer que cresce sem controle nos grandes e pequenos centros urbanos, acuando seus habitantes e criando guetos impenetráveis ao poder público. E, neste mesmo espaço, homens e mulheres buscam viver com dignidade, mas são impedidos pelos poderes e potestades deste século.

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