BARRACO ENTRE BOLSONARO E LÉO KRET NA TUDO FM

BARRACO ENTRE BOLSONARO E LÉO KRET NA TUDO FM


Dois legisladores em posições opostas na questão da agenda homossexual foram colocados em debate durante o programa Casemiro No Ar, no início da noite desta sexta-feira (6), na Rede Tudo FM (102,5). O deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) era o entrevistado da edição, quando a vereadora soteropolitana Léo Kret (PR) entrou no ar para contestar as opiniões do congressista. “Nós somos seres humanos e merecemos respeito, senhor deputado. O que é que tem de mais em ser um gay, um homossexual, uma travesti? Você preferiria um filho ladrão e marginal a ser homossexual?”, questionou. Bolsonaro retrucou e apelou para os ouvintes do programa: “Respeitar o próximo é uma coisa, agora vocês homossexuais têm que respeitar a família. Existem vários homossexuais que não querem que o filho seja igual ao pai. Foge da normalidade. Qual o casal que está ouvindo agora, com a esposa grávida, e vai dizer: ‘olha se for um homem tudo bem, se for mulher tudo bem, agora se for um gay, melhor ainda’. Isso é motivo de vergonha”, atacou. Em outro momento, a primeira edil travesti de Salvador provocou. “Como o senhor pode saber, se quando estiver trabalhando na Assembleia [Bolsonaro trabalha na Câmara Federal], o seu filho não pode estar em casa dentro do armário com outro homem?”, retrucou. O acalorado debate continuou com ambos quase sempre falando ao mesmo tempo, o que prejudicou o entendimento dos argumentos de ambos os lados.

BOLSONARO ASSOCIA UNIÃO HOMOAFETIVA À PEDOFILIA

Ainda durante o programa radiofônico, o deputado federal Jair Bolsonaro (PP-RJ) também comentou sobre a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em validar a união entre casais do mesmo sexo, e questionou sobre como seria o comportamento de um filho adotado pelo casal. “O que é que podemos esperar de um garoto que seja adotado por casais homossexuais? Ele será também. Essa criança vai ser um futuro homossexual, se não for antes abusado na casa desse casal”, declarou. Em outro momento do programa, ele citou o líder do Grupo Gay da Bahia (GGB) Luiz Mott, e comentou trechos publicados na Internet que seriam da autoria do militante baiano. “O próprio Luiz Mott, que é do Grupo Gay da Bahia, prega a legalização da pedofilia. Pode ver no site dele. Se você entra no site dele tem, entre outras coisas, ‘Pedofilia já, enquanto ainda estou com tudo em cima. Gostaria de transar com um meninão’. E ainda parece que ele tem certo respeito na sociedade brasileira”, comentou. A entrevista com o deputado ainda contou com a participação de três ouvintes: dois contrários à sua opinião e um que concordava com suas afirmações.

WYLLYS: 'CNBB QUER MUDAR BRASIL PARA TEOCRACIA'


O deputado federal baiano, eleito pelo Rio de Janeiro, Jean Wylys (Psol), criticou, nesta sexta-feira (6), as declarações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) sobre a união entre casais do mesmo sexo,aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao programa Bahia Notícias no Ar, da Rede Tudo FM, o parlamentar disse lamentar que a Igreja Católica queira transformar um "Estado Democrático de Direito Laico em uma teocracia". “Eu acho uma hipocrisia atroz da CNBB e de todos que fazem coro a ela. A CNBB tem um problema gravíssimo para se preocupar que são as acusações de pedofilia que envolvem o clero da Igreja Católica. Ela deve, sim, se preocupar com a proteção do direito da criança e do adolescente”, criticou. Para o socialista, que revelou ter formação católica, inclusive com a participação ainda jovem nas comunidades eclesiásticas de base em Alagoinhas, sua cidade natal, e nos movimentos pastorais da Igreja, se diz "espantado ao ver a CNBB falar sobre limites da pluralidade". “O que tem limite são as atrocidades cometidas pela área mais reacionária da Igreja. Os cristãos que são pautados pelo princípio do cristianismo, que é o respeito ao próximo, pela regra de ouro que é não fazer ao outro o que não queres fazer para ti, e pelo amor incondicional, deveriam se posicionar contra a postura da CNBB”, afirmou. Jean reconheceu ainda que a luta no Congresso pelos direitos aos LGBT’s não será fácil. “O Congresso Nacional, em especial a Câmara dos Deputados, está representada, em sua maioria, por forças mais conservadoras e dogmáticas. Eles formam a maioria e colocarão, com certeza, empecilhos. Muitos deputados lá dentro não honram o juramento que fizeram no dia da posse, que é proteger e defender os princípios constitucionais. Mas eles entram com os princípios das suas religiões e das suas convicções dogmáticas, e isso é lamentável", criticou. Já sobre as críticas do colega de parlamento, deputado Ricardo Bolsanaro (PP-RJ), sobre a decisão do STF, Willys afirmou que não comentaria sobre o assunto. “Com argumentos pífios como os dele, seria burrice e estupidez comentá-las", disparou.


Informações do Bahia Notícias

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