RELIGIÃO E POLÍTICA ESTÃO MISTURADAS NA CAMPANHA A PREFEITO DE SALVADOR

Religão e política não se misturam. Mas, ultimamente, tem se misturado bastante. Na Bahia, na época do cardeal Dom Augusto Álvaro da Silva, nos idos dos anos 1950/1960, quando os evangélicos eram minoria da minoria, o bispo jogava pesado. Apoiou Lomanto Jr, candidato a governador em 1962, contra Waldir Pires, então considerado "o vermelho" (comunista). Lomanto era o homem de Deus; e Waldir, obviamente, o homem do diabo.

Os pastores subsequentes da Igreja Católica não foram tão políticos quanto Dom Álvaro e os evangélicos avançaram no rebanho baiano, tanto no religioso; quanto no político, sobretudo a Igreja Universal do Reino de Deus, que sempre atuou de forma aberta nesse caminho com candidatos eleitos, então vinculados ao "carlismo", vide a deputada Zélinda Novaes e outros.

Os evangélicos da IURD têm representantes na Câmara de Vereadores de Salvador (e outros no Estado), na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal. Depois da desistência da candidatura de Raimundo Varela, PRB, à prefeito de Salvador, o bispo Márcio Marinho assumiu a vaga de Luis Carreira, na Câmara Federal, e é o candidato a vice-prefeito com ACM Neto, DEM.

A IURD mantém sua tradição de vínculo ao "carlismo". Outras igrejas evangélicas (Assembléia de Deus, Monte Orebe, Universal da Graça de Deus, Batista, etc, também têm candidatos a vereador em Salvador. O que tem de pastor evangélico candidato não está no gibi. A IURD fez escola e agora é um salve-se quem puder. Pulverizou.

Agora, a exemplo do que aconteceu na época de Dom Augusto, está circulando um documento na igreja católica (paróquias, internet, conselhos comunitários, etc) apoiando Antonio Imbassahy, PSDB, como candidato a prefeito. Interessante porque a igreja católica que vinha se mantendo discreta nesses últimos 30 anos, começa a se expor mais um pouco, ainda que todos os candidatos (salvo Hilton) foram beijar a mão do cardel Majella, antes da eleição.

Numa análise em fonte primária, Imbassahy (PSDB) seria (digamos assim) o candidato preferencial dos católicos. João Henrique (PMDB), evangélico assumido, seria o candidato preferencial dos evangélicos, sem a representação da IRUD. Walter Pinheiro (PT) transita em todas as áreas, a corrente espírita de Bassuma o apoia, o povo-de-santo ligado a Luis Alberto e Olívia Santana, idem, e os católicos de Yulo, idem-idem. ACM Neto, de berço é católico, e tem o apoio dos evangélicos da IURD.

* Extraido do Bahia Já de Tasso Franco

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