Religião perderá força no Brasil por causa da prosperidade, diz estudioso americano

Michael Shermer Foto: Byrd Williams
Do Genizah
Diretor da Sociedade Cética, criador da revista Skeptic e articulista semanal da Scientific American, o psicólogo e escritor americano Michael Shermer vem ao Brasil para disseminar a dúvida e o questionamento na 6ª edição do Fronteiras do Pensamento. Na mala, o cientista traz a certeza de que o ceticismo pode melhorar o planeta. De fato, ele prevê o arrefecimento da religiosidade da população brasileira com o aumento da prosperidade: "As pessoas se voltam para a religião quando seus governos não fornecem uma estrutura social sólida".

Shermer nem sempre foi tão cético quanto mostra uma das frases de sua entrevista ao Terra: "Eu duvido até que provem o contrário". Durante o ensino médio, ele batia de porta em porta para propagar a palavra do Evangelho. No curso de psicologia, porém, as certezas cristãs começaram a ruir. Por fim, em 1983, competindo como ciclista em um desafio chamado Race Across America, ele percorreu mais de 2 mil km em 83 horas sem dormir e, absolutamente exausto, passou a delirar. Quando seu time de apoio finalmente pediu que ele parasse para descansar, o ciclista pensou que eram alienígenas conduzindo-o para a nave-mãe. Algumas horas de sono o curaram - a nave, afinal, não passava de um motor homebem americano. Essa confusão o levou a estudar com afinco as razões pelas quais os indivíduos encontram explicações estranhas para eventos que não conseguem entender com a razão.

Seu livro mais recente, The believing brain - o qual será lançado em breve no País com o título A mente e a crença, pela JSN Editora - trata exatamente disso. Nele, o autor delineia um panorama das associações e dos processos envolvidos na mecânica cerebral da crença. "O cérebro é uma máquina de crenças", diz Shermer. "A partir dos dados sensoriais que fluem através dos sentidos do cérebro, naturalmente se começa a procurar e encontrar padrões, e então se infundem significados a esses padrões".

Para explicar suas teorias e fomentar o ceticismo, o mestre em Psicologia Experimental e Ph.D. em História da Ciência espera ser recebido por pessoas "curiosas e apaixonadas por compreender o mundo" em Porto Alegre, dia 27, e São Paulo, dia 29. Com informações do portal TERRA.


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