Tudo o que fizermos para o Senhor deve ser iniciado pelo Espírito Santo


Conforme já falei no Alimento Bíblico passado na igreja em Antioquia havia cinco profetas e mestres que, apesar de raças, classes sociais e culturas diferentes, puderam estar juntos, na unidade do Espírito e quantos mais oravam mais se tornavam unânimes, o que permitia ao Espírito Santo falar-lhes a mesma coisa; o que O Espírito Santo liberava a um, também liberava aos demais (At. 13:2-5).
         A Palavra de Deus deve ser nosso alimento diário, é importante tê-la como nosso suprimento de vida. Não somente os irmãos que são líderes na igreja, mas todos nós que queremos crescer na vida de Deus, precisamos estudar, desfrutar e praticar a Palavra. Quando fazemos isso regularmente, a Palavra de Deus se torna mais viva e real para nós e assim, permitiremos que o Senhor nos use como usou o apostolo Paulo que teve verdadeira autoridade espiritual.
          É comum confiarmos em nossa própria capacidade, posição, influência e conhecimento e isso impossibilita sermos úteis a Deus; primeiro precisamos permitir o Seu trabalhar em nós. Nada do que aprendemos na vida secular ou o que possuímos é necessário para o Senhor nos usar, apenas nossa total dependência dEle. Talvez você me ache um tanto radical em afirmar isso, mas quero lembrar, de forma bem resumida, como o Senhor Deus usou Moises: Houve um preparo desde o seu nascimento. Em seus primeiros dias de vida, Deus o guardou de ser morto por Faraó, Com três meses de idade, foi colocado em um cesto de junco à beira do rio e foi recolhido pela filha de Faraó, a princesa Termuteis que o criou como um príncipe egípcio(Atos 7:22); ele foi instruído em toda ciência do Egito até os quarenta anos de idade. Moises foi salvo das águas por causa da arca de juncos, que tipifica o Senhor Jesus Cristo, que nos livrou das águas da morte (Hb 2:14,15). Moises conhecia sua origem, sua verdadeira filiação: ele era filho de Anrão (Anrão, significa inteligente) e de Joquebede (que significa Jeová é grande), filha de Levi (Ex 6:20). Moises pensou ser ele próprio a solução para a libertação do povo de Israel devido a sua capacidade, habilidade e seus conhecimentos e, com 40 anos de idade, após cometer um assassinato foi obrigado a fugir do Egito para o deserto de Midiã, onde viveu por quarenta anos(Ex 2:11-22). No deserto ocorre o processo de conquista da esperança. No lugar de solidão, no deserto, Moises pôde:
  • Encontrar a si mesmo;
  • Ser firmado no chamado de Deus;
  • Adquirir capacidade espiritual;
  • Receber o maná do céu;
  • Saciar a sede de muitos;
  • Realizar milagres, maravilhas e prodígios;
  • Ouvir Deus e crescer na fé;
         No deserto, Moisés tornou-se pastor de ovelhas e tudo o que aprendera nos primeiros 40 anos de vida foi levado à morte e “enterrado” no deserto nos quarenta anos que lá passou. Nada do que ele aprendera no palácio de Faraó pôde ser usado ali. Ele foi despojado de tudo o que aprendera, de toda sua capacidade e de tudo o que possuía (Ex 4:10-12). O Senhor o preparou minuciosamente durante esses quarenta anos. Somente quando Moisés se considerou incapaz é que o Senhor Deus pôde usá-lo.
         Para que Deus possa usar alguém, é necessário ser lapidado pelo trabalhar renovador do Espírito Santo. Nossas habilidades e nossos conhecimentos naturais devem ser abandonados, pois se tornam um grande obstáculo para no Caminho do Senhor. Se nos sentimos capazes e úteis para algo é porque ainda não estamos aptos para servir ao nosso Deus.
          Quando os cinco profetas e mestres de Antioquia oraram, ocorreu o seguinte: Certa vez, quando eles estavam adorando o Senhor e jejuando, o Espírito Santo disse: Separem para mim Barnabé e Saulo a fim de fazerem o trabalho para o qual eu os tenho chamado (Atos 13:2). Essa é a primeira vez que aparece no Novo Testamento algo chamado “obra” por meio de um chamamento especifico do Espírito Santo e no versículo 4 ainda lemos: “Barnabé e Saulo, tendo sido enviados pelo Espírito Santo, foram até a cidade de Selêucia e dali embarcaram para a ilha de Chipre”. Conforme afirmei no título desse alimento toda obra desse ser iniciada pelo Espírito; não deve ser algo de nosso própria vontade, algo que venha de nós mesmos, mas algo proveniente do Espírito Santo, “pois em nós não habita bem algum, pois eu sei que aquilo que é bom não vive em mim, isto é, na minha natureza humana. Porque, mesmo tendo dentro de mim a vontade de fazer o bem, eu não consigo fazê-lo (Rm 7:18)”.
         Outro fato também importante é que quando alguém é enviado para a obra não é enviado sozinho, mas em unidade com os outros irmãos.
        O desejo do Senhor é propagar Sua Obra em toda a terra e por isso há um novo começo com Paulo e seus cooperadores (At 20:4; Fp 2:25).Essa obra havia sido iniciada entre os judeus, mas precisava expandir-se entre os gentios; por isso o Senhor concedeu a Pedro a visão de Atos 10:9-16.
         Para que o evangelho chegasse entre os gentios, o Senhor, como sempre faz, preparou tudo: assim que Pedro teve a visão, chegaram os enviados para convidá-lo a ir à casa de Cornélio (At 10:17-23). Depois desse ocorrido ficou evidente que Deus não faz acepção de pessoas(At 11:18). Na casa de Cornélio a porta do evangelho foi aberta aos gentios e com o chamamento de Barnabé e Saulo essa obra foi fortalecida.
         Ao que me parece em Galátas 2:9 de maneira clara a obra do Senhor na terra era única, mas tinha duas regiões ou dois grupos de destinatários distintos, com dois grupos de apóstolos: Tiago, Pedro e João eram os apóstolos para os judeus e Paulo e Barnabé eram os apóstolos para os gentios, mas entre eles os apóstolos havia comunhão – não havia partidarismo ou qualquer outro sentimento.
          Paulo foi chamado e estabelecido por Jesus Cristo e por Deus Pai (Gl 1:1). Ao pregar o Evangelho não fazia para obter aprovação das pessoas. O próprio Paulo afirma: “Por acaso eu procuro a aprovação das pessoas? Não! O que eu quero é a aprovação de Deus. Será que agora estou querendo agradar as pessoas? Se estivesse, eu não seria servo de Cristo. Meus irmãos e minhas irmãs, eu afirmo a vocês que o evangelho que eu anuncio não é uma invenção humana. Eu não o recebi de ninguém, e ninguém o ensinou a mim, mas foi o próprio Jesus Cristo que o revelou para mim”. (Gálatas 1:10-12). Precisamos ser chamados e enviados pelo Espírito Santo

  • Afirmativa-Chave: Se nos sentimos capazes e úteis para algo é porque ainda não estamos aptos para servir ao nosso Deus.
  • Pergunta Padrão: Como o Espírito Santo pode atuar na Igreja hoje, se mais parecemos um clube social?
Unidos na mesma unção, na esperança da salvação.
Gilvan Silva Santos, servo do Deus Altíssimo em espírito, alma e corpo(I Tes 5:23)
Itabuna-Bahia 04.01.2012 (1h01min)
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