Não entre na onda dos outros

Digamos que um pouco além do típico. Ok, pra ser sincero eu era um metido de mão cheia. Vivia querendo aparecer e tentando ser aquilo que eu não era.

Numa dessas “vidas fictícias” que eu tinha para me aparecer, um dia, em uma viagem com minha família para o litoral paulista, fomos passar uns dias numa praia badalada por surfistas. Eu não me lembro como, mas de alguma maneira eu arrumei uma prancha de surf e decidi que era surfista a partir daquele momento (eu nunca havia subido em uma prancha de surf em minha vida!).

Tudo bem, então! Lá fui eu! Descolei um bronzeado de praia, uns óculos bem no stile da coisa, um bermudão florido e enfiei a prancha embaixo do braço pronto para “arrasar”. Pulei com a prancha na água e fui pro fundo em busca de pegar uma onda.

Quando surgiu a onda fui com tudo nela sem olhar para os lados achando que estaria entrando em meu momento glorioso. He, he, he!!!!! Ali estava o novo “rei da praia” (pelo menos eu pensava!?). Nessa hora, eu ouvi uma gritaria mandando eu sair da frente e quando olhei pra trás, vi um prancha subindo por cima de mim. A realidade é que aquela prancha só não deu de bico na minha cabeça por causa da experiência do surfista que estava nela.

Quando saímos da onda, o surfista (o verdadeiro) me deu uma dura que eu saí até “torto”. Ele falou que eu não deveria entrar na onda dos outros, que não deveria nem entrar na água com uma prancha sendo que eu não sabia surfar. Uhhhh! Aquele cara me fez pagar um dos maiores “sapos” da minha adolescência, e sabe o que era pior? Ele tinha razão em tudo o que estava falando, porque se ele não fosse um surfista de verdade, muito provavelmente eu teria uma cicatriz bem grande no meu rosto para contar a história. Mas a experiência dele serviu para me ajudar.

Eu me lembrei dessa história num dia em que eu estava em casa pensando em como Deus tem mudado a visão da Sua igreja com a adoração. Como existem adoradores hoje. Foi quando me lembrei dessa história e comecei a rir sozinho dela, e o Espírito Santo falou muito claro comigo: Filho, o problema é que muitos se dizem adoradores e dizem que me conhecem, mas são tão adoradores quanto você era surfista.

Sabe, eu acho maravilhoso ver tanta gente desesperada pela face do Senhor. Ver tantos ministérios mudando sua visão, ver tanta gente dizendo que tem sede de Jesus. E sempre que eu vejo esse monte de “santos desesperados” (no qual eu me incluo), eu penso: “Como será essa pessoa no dia-a-dia?”.

Adoração não é uma moda que está surgindo na igreja agora. Não é um novo estilo musical ou um novo meio de pregação. Adoração é um estilo de vida que você escolhe como cristão.

Como cristão? Mas todo cristão não é um adorador?
Não!

Fonte: Torre Forte
Por César Ricky Mendes

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