O fato é que a Bíblia nos ensina que devemos sempre ajudar o próximo.

Muito cuidado ao ajudar seu irmão. A desgraça é contagiosa.


Assim pregam muitos pastores neopentecostais signatários da Confissão Positiva. 

André Nascimento 

Muitos não gostam de ouvir debates em rádios evangélicas. Dizem não ter utilidade, não acrescentar nada para suas vidas espirituais. Eu particularmente gosto, pois é nestes momentos que podemos ter um vislumbre das diversas crenças que pairam sobre nossa multiforme comunidade. Porém, é preciso se preparar, pois muitas vezes as revelações que são feitas nos chocam.

Um dia desses, um desses debates apresentou a dúvida de um ouvinte sobre ajudar o próximo. Segundo o rapaz, seu pastor o advertiu sobre abençoar um irmão mais necessitado na igreja, comentando que a situação ruim pela qual aquele indivíduo estava passando poderia “passar” para ele, se ele o fizesse. Ao longo do debate, todos os cinco pastores presentes foram contra esta visão, porém, no final, uma notícia surpreendeu: A pesquisa feita pela internet sobre o tema apresentou uma reviravolta: Enquanto 91% dos ouvintes diziam, antes do programa, que não acreditavam nesta ideia, ao final do debate, 77% dos ouvintes afirmavam crer neste absurdo (em tempo: o índice por telefone foi de 75% que não criam nesta doutrina, ao final do programa).

O fato de haver ao menos uma pessoa que acredita que a dificuldade de uma pessoa pode “passar” para outra nos mostra que os postulados da Teologia da Prosperidade estão se infiltrando cada vez mais em nossas igrejas. Um destes postulados diz que os problemas financeiros e/ou de saúde são provocados por espíritos malignos que agem sobre a vida da pessoa. Kenneth Hagin, o primeiro divulgador desta doutrina, já afirmava na década de 50 que, se houvesse uma suspeita de que este fosse o problema, bastaria uma sonora repreensão para liberar tudo aquilo que o cristão teria direito: "... tudo quanto você precisa fazer é dizer: 'Satanás, tire suas mãos do meu dinheiro'” (PIERATT, p. 58). Este discurso apresenta-se nas igrejas neopentecostais de hoje personificando a pobreza em um “espírito de miséria”, que precisa ser exorcizado da pessoa para ela poder usufruir da bênção divina (NUNES e ALMEIDA, p. 22).

Uma possível explicação para o resultado da pesquisa online é que o debate apresentou notícias de outros ouvintes, que disseram que ajudaram certas pessoas quando estavam por baixo e que, agora, estavam na mesma situação que a ajudada, com esta, agora por cima, nem olhando para elas. Entretanto, histórias coincidentes não podem ser usadas como base para formulações doutrinárias. Apenas a Palavra de Deus deve ser a base de nossas crenças.

O fato é que a Bíblia nos ensina que devemos sempre ajudar o próximo. Jesus nos ensinou que devemos amá-los como a nós mesmos e não se importou em ajudar quem lhe pediu, fosse leproso, endemoninhado ou pobre. Os discípulos também não se importavam com possíveis “transmissões demoníacas”, e Tiago nos mostra no capítulo 2 de sua epístola que nossa fé não vale de nada se não olharmos para a pessoa ao nosso lado e tratá-la com dignidade e respeito.

Porém, com relação à doutrina em si, a melhor resposta é o fato de que todo cristão, ao confessar Cristo como seu Senhor e Salvador, é selado com o Espírito Santo (Ef. 1.13-14). Este selo é definitivo (Hb. 7.25) e é como uma enorme luz, sobre quem as trevas não conseguem agir (Jo. 1.5, 3.19-21). Quando demônios agiram sobre a vida de pessoas na Bíblia, elas não conheciam a Deus e foram libertas e curadas pelo nome de Jesus, mas estas mazelas não envolviam pobreza diretamente (Lc. 11.14, Mc. 7.25-29). Além disso, o diabo não age diretamente na vida do cristão, mas sim através de armadilhas (Ef. 6.11), tentando fazer o cristão pecar e se afastar de Deus (Tg. 1.13, Mt. 4.1), pois não tem poder sobre o cristão (Ef. 1.20-23). E mais: Em nenhum momento a Bíblia coloca a culpa da miséria e da desigualdade social sobre o diabo, e sim sobre o pecado do próprio homem (Os. 4.6, Mq. 2, Am. 2.6-16, 4.1-2).

A moral da história é: Não acredite em tudo o que as pessoas disserem a você, mesmo os pastores, bispos e especialmente os apóstolos de hoje. Façam como os crentes de Bereia, que, mesmo recebendo ensinamentos do próprio apóstolo Paulo, corriam às escrituras para conferir se o que ele pregava estava de acordo com a Palavra de Deus.

Fonte: Genizah
Pr. André Nascimento é Ministro de Educação Religiosa da Primeira Igreja Batista do Grajaú. 
Enviou a sua colaboração para o Genizah
jovensqueoram.blogspot.com

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