"COMO ANDA A SUA FAMÍLIA?"

“Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que em santidade e sinceridade de Deus, não em sabedoria carnal, mas na graça de Deus, temos vivido no mundo, e mormente em relação a vós” (2 Coríntios 1.12).

O apóstolo Paulo poderia gloriar-se de muitas coisas: sua pregação, seu zelo, suas realizações. Mas preferia gloriar-se no testemunho da sua consciência. De fato, ter uma consciência tranqüila é uma das maiores alegrias que um ser humano pode desfrutar. No entanto, isso é cada vez mais raro. Há muitas pessoas que não dão valor ao estado da sua consciência. Algumas nem mesmo parecem ter uma...

Consciência é “saber com”. É a nossa consciência que nos orienta na direção de uma vida santa e sincera: em casa, no dia-a-dia e na igreja. Quando fazemos algo errado, nossa consciência nos acusa. Adão e Eva esconderam-se do Criador denunciados pela própria consciência. Pedro chorou amargamente confrontado pela mesma voz implacável. Davi disse que, enquanto escondeu o seu pecado, sentiu seus ossos se enfraquecerem e o seu humor se ressecar. Quem já se viu às voltas com um peso na consciência sabe o quanto isso pode ser terrível. Viver em santidade e sinceridade, com a consciência leve, é um verdadeiro tesouro.

Nossas consciências, entretanto, não são infalíveis. Elas podem estar impregnadas daquilo que Paulo chamou de “sabedoria carnal”, e assim desajustar-se. Existem três tipos de consciência defeituosa: a ignorante (que não nos acusa simplesmente por não saber que algo é errado), a endurecida (que se cala diante de um erro muitas vezes repetido e se torna cauterizada) e a hipersensível (que nos acusa mesmo quando não temos culpa, ou quando nossos erros já foram perdoados). Por isso, não podemos depender apenas da consciência. “Faça aquilo que o seu coração mandar” não é o melhor conselho. Precisamos de algo mais.

Pela sua graça, Deus nos ajuda a formar uma boa consciência. Para isso, ele dispõe de alguns instrumentos. A orientação de cristãos experientes é um desses instrumentos. Os conselhos de irmãos maduros na fé auxiliam-nos na avaliação de nossas palavras, pensamentos e ações. Outro instrumento que Deus utiliza é a oração. Quando clamamos por direção, somos atendidos. O Espírito Santo nos convence do pecado, da justiça e do juízo. Um terceiro instrumento é a própria Bíblia. Nosso padrão último de conduta devem ser as Sagradas Escrituras, porque elas, ao contrário da consciência, são infalíveis. Uma vez guiada por Deus, nossa consciência será um bem inestimável.

É uma glória ter uma boa consciência e viver em paz com ela. Quando sua consciência fizer piscar um “sinal de alerta” na sua mente, pare e preste atenção. Em caso de dúvida, use os instrumentos mencionados acima para “calibrá-la”. Gaste alguns instantes perguntando a si próprio: “Tenho sido um bom filho? Um pai dedicado? Uma esposa compreensiva? Um marido leal? Um cidadão honesto? Tenho buscado a santidade de Deus em minha vida? Tenho entregado meus dízimos e ofertas fielmente? Estou fazendo tudo o que posso pela salvação de meus familiares?”.Tenho consciência que o cuidado para com a minha família necessariamente passa por mim que sou servo (a) de Deus? Afinal de contas o apostolo Paulo advertiu: Mas, se alguém não tem cuidado dos seus e principalmente dos da sua família, negou a fé e é pior do que o infiel. Pare e pense: “Como anda a sua família?”

Pr. Hermes Faustino Júnior

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