Estudo Bíblico - Por que ser dizimista?



(Dízimo: questão de Obediência!...)

Objetivo: Despertar entre os membros do Corpo de Cristo (Igreja) que contribuir para a extensão do Reino de Deus aqui na Terra é um privilegio e um dever moral e espiritual de todo cristão autêntico. Cada cristão, individualmente, será capaz de aprender e vivenciar o ensino bíblico sobre o modo de contribuir para a causa do senhor Jesus Cristo.

Introdução:

Devemos estabelecer uma diferença entre o que é uma necessidade e o que é um desejo. Podemos desejar coisas não necessárias e também podemos necessitar de coisas que não desejamos. Tanto num como noutro caso, temos uma situação de desajustamento. Uma vida equilibrada é a que sabe harmonizar o desejo com a necessidade. Quando desejamos mais do que o necessário, entramos no domínio da ganância, da cobiça, da inveja, e isso nos causa ansiedade e conflitos materiais e espirituais.

Como filhos de Deus, conhecedores de Sua Eterna e Imutável Palavra, devemos confiar na Providencia Divina e desejar as coisas necessárias para o nosso viver, não conforme os padrões de uma sociedade consumista, mas segundo a vontade de Deus, plenamente vivenciado pelo Senhor Jesus Cristo , e expressos em Sua Palavra, regra de fé e prática.

O Senhor Jesus espera que você, como servo dEle, tenha um estilo de vida que esteja de acordo com os princípios e ensinos da Bíblia. Você não foi salvo por cristo apenas para esperar pela Nova Jerusalém. Deus tem um propósito para a sua vida enquanto você estiver aqui na Terra, Viver de acordo com a vontade de Deus aqui neste mundo é a melhor opção de vida.

A contribuição do cristão não deve depender do seu estado emocional no momento de ofertar. Deus pede que nós O adoremos como os nossos bens, para que demonstremos fidelidade a Ele - mas, que coisa maravilhosa, Ele mesmo nos dá, pela Sua Providencia e Misericórdia, os bens com os quais nós O adoramos. Como podemos então imaginar que alguém deixe de dar a Deus aquilo que já pertence a Ele. Em muitos períodos da historia (especialmente no período do profeta Malaquias) e também em nos dias de hoje, o povo estava em grande miséria material e espiritual e por isso, alem de não ofertarem nada, ainda retinham o que pertencia a Deus - os DIZIMOS.

A Bíblia Ensina o Dízimo:

O dizimo (hb ma?aser) é a maneira pelo qual o cristão; procurando ser fiel ao Senhor, entrega 10% de sua renda à Igreja, como gratidão a Deus pelas dádivas divinas. Quem é dizimista fiel reconhece que:

I - Nada é realmente meu; tudo que tenho pertence a Deus (Sal 24:13)

Quando um cristão se recusa a entregar os dízimos ao Senhor, é porque ainda não reconhece o senhorio de Cristo sobre sua vida. Usufrui dos bens da terra como se fosse o seu dono. Quando adoramos a Deus com os dízimos estamos reconhecendo que Ele é o Senhor absoluto. É necessário entender que:

II - Tenho de prestar contas a Deus pelo que faço com os ?meus? bens (Ag 2:8; Lc 16:121; Rm 14:12; I Cor 4:2)

O dizimo é o reconhecimento de que Deus é Doador e Sustentador de tudo na vida. O ato de dizimar faz parte da adoração cristã. Contribuímos para obra de Deus através dos dízimos e ofertas.

III - O dizimo é do Senhor e deve ser entregue a Ele (Lev 27:30-32; Mal 3:10)

O cristão que tem não experiência com Deus, jamais entenderá a importância dos dízimos. O dizimo é o mínimo que o crente dispõe para Deus. Com os dízimos as barreiras da arrogância são quebradas, pois entregar os dízimos demonstra que não temos apego aos bens materiais e que Jesus é Senhor de nosso dinheiro. O dizimo é uma atitude para a prosperidade material e espiritual do cristão.

Por que ser dizimista?

Um dos principais sintomas de falta de visão espiritual é omissão na contribuição.

O sustento financeiro para a obra de Deus é tremendamente importante e há inúmeras bênçãos prometidas aos que assumem tal responsabilidade.

Frequentemente os crentes levantam perguntas a respeito da contribuição cristã. Mediante a direção do Espírito Santo, meu Companheiro diário, procuro responder algumas delas, usando a Palavra de Deus, minha regra de fé e prática. Espero que possamos nos posicionar e perceber os claros ensinamentos da Palavra de Deus sobre os Dízimos e ofertas:

 Por que devo contribuir?

i) A Lei manda dizimar (Mal 3:10) (analisaremos esse texto mais adiante, juntamente com as suas implicações na Dispensação da Graça)

ii) Se eu na contribuir poderia perder o Reino de Deus (I Cor 6:10)

iii) As necessidades da Obra de Deus exigem os dízimos (Rm 1:14-15; II Cor 8:14)

iv) O exemplo do Senhor Jesus nos ensina a dizimar (Mat 25:23; Jo 4:35; Rm 13:10

 Com quanto deve contribuir?

i) O dizimo é apensa o mínimo (Mat 5:20)

ii) Devo contribuir conforme minhas possibilidades (I Cor 16:2)
 Como devo contribuir?

i) Devo contribuir através de minha igreja (Mal 3:10)

ii) Devo contribuir com alegria (II Cor 9:7)

iii) Devo contribuir regularmente (I Cor 16:2)

iv) Devo fazer de minha contribuição um ato de culto regular a Deus (Sal 66:13)

Entregando o máximo a Deus (II Cor 8:1-7)

Nessa passagem o apostolo Paulo, está desfiando os crentes da Igreja de Corinto a participarem da oferta que estava sendo levantada par ajudar os crentes da Judéia, que estavam sofrendo fomes perseguições

Para encorajar os crentes de Corinto, Paulo dá como exemplo a Igreja da Macedônia. Conforme os versículos 2 à 5 posso listar as características dos crentes da Macedônia (confira em sua Bíblia):

 Estavam passando tribulação;

 Tiveram alegria em contribuir;

 Deram generosamente;

 Deram-se primeiramente a si mesmo;

 Deram além de suas forças;

 Eram profundamente pobres;

 Consideravam a contribuição como uma graça;

 Deram voluntariamente;

 Visavam, como recompensa única, a alegria de contribuir.

Entregando o mínimo a Deus (Luc 21:1-4)

Mesmo que o prezado irmão tenha pouco recurso financeiro e precise de todo o seu dinheiro para se manter, saiba que o pouco que você possui foi lhe dado pelo Pai Celestial. Você não é dono do pouco que possui, pois deve tudo a Deus, pode ser que você seja muito pobre, do ponto de vista financeiro, POREM NÃO É POBRE DEMAIS PARA CONTRIBUIR.

Em Lucas 21:1-4 temos um fato real no qual o Senhor Jesus dá uma liça a respeito de como Deus vê nossas contribuições e ofertas:
A oferta que damos a Deus é avaliada, não segundo o valor da contribuição, mas pela quantidade de amor e sacrifício nela envolvido. Os riscos, às vezes, contribuem do que lhes sobra, não lhe custa nenhum esforço. A oferta da viúva custou-lhe tudo. Ela deu tudo o que tinha e podia.

O senhor Jesus avalia nosso serviço prestado a ele, não pelo volume, influência ou sucesso, mas pela sincera dedicação, esforço, fé e sacrifício nele envolvido.

O cristão não deve procurar aparecer ou alcançar as posições mais altas a fim de exercer autoridade e domínio. Pelo contrario, deve dedicar sua vida a ajudar os outros, especialmente na administração dos bens espirituais (Gal. 6:2)

Diferença entre Dízimo e Oferta

Conforme vimos dizimo é a décima parte da renda de uma pessoa. Analisando I Cor 16:2 percebemos que é a contribuição financeira mínima que o crente deve oferecer para obra de Deus. O dízimo já existia antes da Lei (Gên 14:20; 28:22); instituído por Deus, através de Moises, na Lei (Lev 27:30; Deut 14:22)

Estudando Números 18:20-26, percebemos que o povo devia levar os dízimos para os levitas e sacerdotes, pois eles não tiveram possessão de terra. Os sacerdotes por sua vez, deviam tirar os dízimos dos dízimos e oferecer uma oferta alçada ao Senhor (Heb 7:5)

Além dos dízimos havia também as ofertas alçadas para fins específicos, como na construção do tabernáculo, no deserto (Ex. 25:2). Quero lembrar que a oferta alçada não é o mesmo que dizimo. Ambos são bíblicos e atuais, mas são diferentes. As ofertas alçadas são voluntárias e pessoais (dá quem quer!). Os dízimos são contínuos, é uma obrigação de todo cristão fiel (obrigação = dever moral e religioso)

O rei Davi, pra construir o templo de Jerusalém deu uma oferta de 150 toneladas (150 000 Kg) de ouro, sem contar a prata (I Cron 29:3-4). No entanto, o mesmo rei Davi, fez um apelo para quem quisesse contribuir para casa de Deus e o povo contribuiu com alegria e voluntariamente (I Cron 29:5-6)

A vontade de Deus é que Seus filhos participem de Seus projetos. Não é uma questão de necessidade (Sal 24:1; Ag 2:8), mas Ele conta com a nossa participação. Deus abençoa o Seu povo para que esse povo abençoado possa contribuir para a Sua obra.

O apostolo Paulo tinha uma profissão alternativa: fazer tendas (At. 16:3) Ele utilizou essa profissão para garantir o seu sustento, pos não queria escandalizar os irmãos e não queria correr o risco de ser interpretado como ?parasita? e aproveitador.

Existe uma região, chamada de Janela 10/40, onde habita 66% da população mundial. Esse local ocupa 33,00% da área total do planeta. Compreende 62 paises. Os dois maiores paises do mundo, em número de habitantes, encontra-se nessa área: a China e a Índia.

Todas as terras bíblicas encontram-se nessa área. O apostolo Paulo ultrapassou seus limites em suas viagens missionárias (Rm 15:19).

Essa janela é conhecida como Cinturão da Resistência; lá predomina o Islamismo (1 bilhão de adeptos), o Hinduismo (700 bilhões) e o Budismo (900 bilhões)

Nessa janela, satanás estabeleceu sua fortaleza: 82% dos paises mais pobres do mundo apresentam bilhões de pessoas sofrendo de enfermidades, misérias e calamidades.
Como iremos reverter esse quadro se não tivermos as bases bíblicas (entre elas, a entrega dos dízimos e ofertas) par ao sustento dos missionários que lá trabalham par ao Senhor.

A Benção Pelo Sustento da Obra (Análise do texto Malaquias 3:10)

O pecado do povo em se afastar de Deus, vem de longa data (v.7). Encontramos aqui um elemento fundamental para a conversão: Voltar para Deus. Várias vezes nos afastamos de Deus com palavra, atitudes e conduta inadequada. Nossa maior necessidade é retornar enquanto é tempo.

Ao apelo Divino o povo responde que não tem do que se converter. É a dureza do coração que provoca esse cinismo insensível ao chamado de Deus. O povo achava, como no dias de hoje, que não tem do que se arrepender.

Deus questiona: roubará o homem a Deus? (roubar; gr. Gâbhâ). O dizimo é de Deus ao sonegá-lo o povo estava cometendo uma violência contra o Senhor: o roubo.

Mal 3:10 é um versículo bastante conhecido. O verbo está no imperativo. Não é uma opção, mas uma ordem para o povo. Lv 27:31 ensina que, se alguém retiver parte do dizimo, deveria devolve-lo com acréscimo de 20%. Se esse padrão fosse seguido hoje.

Tenho presenciado crentes bem intencionados, diante da falta de visão da igreja, desviarem parte dos dízimos para o sustento de algum obreiro ou para outra atividade qualquer da igreja. Os dízimos devem ser trazidos à Casa do Tesouro. Este é um principio que tem de ser observado. Encontramos constantemente com cristão que dizem: ?NÃO DOU PORQUE NÃO TENHO?. Conforme Provérbios 3:9-10, o correto é: NÃO TENHO PORQUE NÃO DOU.

Depois da pratica poder-e-ia fazer prova de Deus: ?Fazei prova de Mim? mostra seriedade com que Deus encara os dízimos. Deus é abundante: Ele dá a quem quer.

Não podemos esperar bênçãos ou a superação de obstáculos se não mostramos nosso amor a Deus por intermédio de nossa fidelidade na entrega dos dízimos e ofertas; devemos ser o povo que faz a diferença e existe varias implicações para a sua vida, se você for dizimista fiel.

Desculpas inaceitáveis para aqueles que não são dizimistras:


As desculpas mais constantes dos crentes não dizimistas que tenho ouvido são as seguintes:

 Meu salário é pequeno. Não dá para as minhas necessidades:
Não é o salário que é pequeno; é a falta de fidelidade. Àqueles que ganham um salário mínimo ou abaixo dele, de nada tem falta, quando são fieis a Deus na entrega dos dízimos e das ofertas.

 Minhas despesas são muito grandes. Não dá para entregar o dizimo:

Quem não sabe viver com 90%, também não saberá viver com 100%. Coloque o Reino de Deus em primeiro lugar. Os 90% com a benção de Deus significam infinitamente mais que 100% sem essa benção

 Estou construindo minha casa; ou, tenho que investir em meus negócios:

É um direito adquiri casa, apartamento, condução, roupas, alimentos, tudo o que é necessário para a nossa vida e de nossa família. O problema começa justamente quando a aquisição dos bens materiais impede o nosso crescimento espiritual. A fidelidade na entrega dos dízimos e da ofertas é uma benção para a vida material e espiritual sua e de sua família.

 Sou dizimista pela fé e de coração:

Concordar com os dízimos na teoria e não praticá-lo é o mesmo que dize que crê em Deus e viver como se Ele não existisse (é a antítese da fé e da obediência).

 Mês que vem... Prometo que darei o meu dizimo;
Esses vivem fazendo votos de serem fieis a Deus nos dízimos, mas nunca cumprem aquilo que promete (não é necessário nem prometer...).

 Não dou o dizimo porque não concordo com este ou aquele gasto que igreja fez:

Estes que pensam assim, só estão dando mais uma desculpa para não dizimar.

 Não concordo com o dizimo. Não vejo fundamento par o dizimo no Novo Testamento:

É fácil demonstrar a biblicidade do dizimo no Novo Testamento. O que não é fácil provar é a validade de uma fé que não se traduz em obediência.

 Eu contribuo segundo aquilo que quero. O dinheiro é meu e dou quanto e quando quero:

O coração que ama entrega a Deus o máximo e o melhor, a partir dos dízimos, pois justiça do amor excede à justiça dos escribas e fariseus. Para eles. 10% era o máximo. Para o cristão, 10% é o mínimo.

Sendo o que tinha para o momento
Em Cristo Jesus, Gilvan Silva Santos - servo menor

Comentários

Eis-me aqui disse…
Olá Marcelo, paz e graça!

excelente estudo do Gilvan. Rendo gloria ao Nosso Deus que nos capacita no entendimento e amadurece nossa postura diante das situações diversas que nosso viver cristão oferece-nos.

abraço!
Anônimo disse…
"A SUPERSTIÇÃO DO DÍZIMO, O MITO DO DEVORADOR"

O nosso assunto hoje é o dízimo, e para falarmos sobre essa questão do dízimo é necessário ter em mente duas coisas:

= Tudo o que há no Velho Testamento é figura (ou sombra) do Cristo que é plenamente revelado para nós no Novo Testamento (Col 2:17; Heb 8:5; Heb 10:1).
Desde aquele animal que foi morto por Deus para que Adão e Eva tivessem vestes de peles (Gênesis 3:21); passando pelo Cordeiro Pascoal cujo sangue foi passado nas vergas das portas e cuja carne foi comida pelos filhos de Israel; e incluindo todas as cerimônias, e leis, e Salmos e Profecias do Velho Testamento, TUDO fala do Senhor Jesus Cristo. E no caso do dízimo não há exceção.

= O segundo ponto que devemos lembrar é que Deus sempre quis uma nação de sacerdotes. Ele sempre desejou encontrar um povo que pudesse servi-lO em sua presença como uma só pessoa. Desde Israel isso foi assim.
Deus não queria que apenas os levitas e os da casa de Arão fossem sacerdotes, como vemos em Êxodo 19:6: "vós me sereis reino de sacerdotes e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel".
Israel deveria ser um reino de sacerdotes, mas eles falharam. Devido ao incidente do bezerro de ouro, só os levitas e a descendência de Arão puderam servir ao Senhor como sacerdotes.
Isso ficou assim até que veio Jesus, o Salvador. Por meio do sacrifício de Cristo Jesus, Deus hoje pode NOVAMENTE ter a Sua nação de sacerdotes, a Igreja. (1 Pedro 2:9; Apocalipse 1:6; 5:10; 20:6)
Por isso é que, nas cartas às Sete Igrejas do Apocalipse, Deus declara que ODEIA as obras e a doutrina dos nicolaítas, ou seja, daqueles que dominam sobre o povo [a palavra nicolaíta vem do grego nikao (dominar sobre)+ laos (povo ou laicado)=os nicolaítas são essa classe clerical (padres, pastores, sacerdotes) que toma para si o serviço sacerdotal, transformando-se em mediadores entre Deus e o povo, e impedindo o povo de Deus de exercer o sacerdócio de todos os crentes e tornando-o passivo e eternamente imaturo].

= Sabemos que a Bíblia é dividida em Velho e Novo Testamento, por causa da Nova e da Velha Aliança.
A Velha Aliança, a Lei, é a salvação por meio das obras. Na Lei, Deus diz: "Obedeça, e viverás".
A Nova Aliança, da Graça, é a salvação gratuita pela fé em Cristo Jesus. Na graça, Deus diz: "Crê, e viverás".

No e-mail que eu recebi, foram levantadas algumas questões que pretendo, se Deus permitir, responder na ordem em que foram trazidas.

(questão 1) Abrão deu o dízimo a Melquisedeque. Isso prova que o dízimo não é da Lei, e que, portanto, devemos dar o dízimo.

Ora, sendo que Deus é onisciente, Abrão TINHA que dar o dízimo a Melquisedeque.
Isso para que, centenas de anos depois, o apóstolo Paulo pudesse explicar que o sacerdócio de Levi (o da lei) é menor que o de Melquisedeque (o de Cristo), como vemos em Hebreus 7:1-10:

"1 Porque este Melquisedeque, rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo, que saiu ao encontro de Abraão, quando voltava da matança dos reis, e o abençoou,
2 para o qual também Abraão separou o dízimo de tudo (primeiramente se interpreta rei de justiça, depois também é rei de Salém, ou seja, rei de paz;
3 sem pai, sem mãe, sem genealogia; que não teve princípio de dias, nem fim de existência, entretanto, feito semelhante ao Filho de Deus), permanece sacerdote perpetuamente.
4 Considerai, pois, como era grande esse a quem Abraão, o patriarca, pagou o dízimo tirado dos melhores despojos.
5 Ora, os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento de recolher, de acordo com a lei, os dízimos do povo, ou seja, dos seus irmãos, embora tenham estes descendido de Abraão;
6 entretanto, aquele cuja genealogia não se inclui entre eles recebeu dízimos de Abraão e abençoou o que tinha as promessas.
7 Evidentemente, é fora de qualquer dúvida que o inferior é abençoado pelo superior.
8 Aliás, aqui são homens mortais os que recebem dízimos, porém ali, aquele de quem se testifica que vive.
9 E, por assim dizer, também Levi, que recebe dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. 10 Porque aquele ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste."

Porque, sendo que Levi (estando nos lombos de Abrão) ofertou a Melquisedeque (que é feito semelhante ao Filho de Deus), logo Levi é menor que Melquisedeque. E, assim, Paulo prova que a lei é menor do que o sacerdócio da graça de Cristo!
Esse é o significado e o objetivo da oferta dizimal de Abrão: dar provas irrefutáveis de que a lei é menor do que Cristo.
Além disso, podemos destacar outros detalhes:
= Abrão dizimou sobre os despojos de guerra, e não sobre aquilo que plantara ou frutificara;
= Abrão só o fez UMA única vez;
= Abrão o fez a Cristo, e não para sustentar a uma denominação.

E, se queremos dar dízimos porque Abrão o fez, devemos também circuncidar a nós, aos nossos filhos, e aos nossos servos, assim como aos estrangeiros. Pois a circuncisão também foi praticada por Abraão (Gn 17:9-14).

O dízimo dado por Abrão só aconteceu uma vez e era totalmente diferente do dízimo da lei mosaica, pois seu objetivo era totalmente diferente.

(questão 2) Jacó também falou em dízimo em Gênesis 28:22. Portanto, o dízimo não é da Lei, e devemos cumpri-lo.

Nesse momento, é válido lembrarmos uma coisa. Existem dois tipos de Aliança que podemos fazer com Deus: de Lei, ou de Graça.
A lei exige que façamos algo para sermos salvos. Aquele que cumprir TODA a Lei será salvo por meio dela, mas aquele que tropeçar em UM só dos seus preceitos, pereçerá. Deus nunca teve a intenção de salvar ninguém por meio da lei, mas Ele fez uso dela pelo seguinte motivo:

"Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus." (Romanos 3:19)

E, assim, "todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" (Romanos 3:23-24)

Ou seja, Deus outorgou a Lei "tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus." (Romanos 3:26)

Mas porque eu estou falando tudo isso sobre a Lei e a Graça? Porque eu estou dizendo que Deus não quer salvar ninguém pela Lei, mas sim pela graça?

Vamos ler Gênesis 28, começando no versículo 12. Jacó está sonhando:

"E sonhou: Eis posta na terra uma escada cujo topo atingia o céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela. Perto dele estava o Senhor e lhe disse: Eu sou o Senhor, Deus de Abraão, teu pai, e Deus de Isaque. A terra em que agora estás deitado, eu ta darei, a ti e à tua descendência. A tua descendência será como o pó da terra; estender-te-ás para o Ocidente e para o Oriente, para o Norte e para o Sul. Em ti e na tua descendência serão abençoadas todas as famílias da terra. Eis que eu estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei voltar a esta terra, porque te não desampararei, até cumprir eu aquilo que te hei referido. Despertado Jacó do seu sono, disse: Na verdade, o Senhor está neste lugar, e eu não o sabia. E, temendo, disse: Quão temível é este lugar! É a Casa de Deus, a porta dos céus ."

Aqui vemos que Deus interpela Jacó e lhe promete duas coisas: terra e descendência. Deus não pede nada em troca. É de graça. É uma Aliança baseada na Graça de Deus.
A mesma coisa aconteceu com Abrão. Deus prometeu a Abrão terra e descendência, e Abrão "creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça."(Gn 15-6). Esse "creu, e isso lhe foi imputado por justiça" não é nada mais do que o mesmo evangelho que nos foi anunciado (ver Gálatas 3:8).

Então, o que vemos aqui é Deus reafirmando com Jacó a mesma aliança que foi feita com seu avô Abraão: se tu creres, viverás. Deus não pediu nada em troca. Foi Graça.

Agora podemos continuar a leitura de Gênesis, a partir do versículo 18:

"Tendo-se levantado Jacó, cedo, de madrugada, tomou a pedra que havia posto por travesseiro e a erigiu em coluna, sobre cujo topo entornou azeite. E ao lugar, cidade que outrora se chamava Luz, deu o nome de Betel. Fez também Jacó um voto, dizendo: SE Deus for comigo, e me guardar nesta jornada que empreendo, e me der pão para comer e roupa que me vista, de maneira que eu volte em paz para a casa de meu pai, ENTÃO, o Senhor será o meu Deus; e a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus; e, de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo."

Aí vemos Jacó cometendo um grande erro. Deus já havia feito uma promessa a Jacó em sonhos sem pedir nada em troca. Mas Jacó achou que isso não era o suficiente e quis prometer dar algo em troca também. Ele prometeu três coisas: "o Senhor será o meu Deus", "a pedra, que erigi por coluna, será a Casa de Deus" e "de tudo quanto me concederes, certamente eu te darei o dízimo". Essa Aliança que Jacó quis fazer com Deus chama-se Lei. A promessa de Deus, nessas condições, não seria concedida gratuitamente, mas mediante o cumprimento dessas três coisas que Jacó disse.

Jacó foi arrogante, e quis tratar com Deus na base da "troca", ignorando a bendita promessa que Deus já havia feito a Abraão.
Depois que ele fez essa promessa, vemos que Deus não fala nada, Ele não quis saber dos dízimos de Jacó. Logo no versículo seguinte vemos Jacó chegando ao Oriente, onde conhece Labão, o sogro. Lá, ele foi enganado, explorado por muitos anos, chegou a fugir do seu sogro e o próprio Deus, lutando com ele, rompeu o tendão da sua coxa, deixando-o manco. Deus o fez passar por isso para que o seu ego ficasse mais fraco, e para que mais tarde ele pudesse dizer as seguintes palavras a seu irmão:

"Quando Esaú olhou em volta e viu as mulheres e as crianças, perguntou:
– Quem são esses que estão com você?
– São os filhos que Deus, na sua bondade, deu a este seu criado – respondeu Jacó"
(Gênesis 33:5)

Jacó não confiou mais em si mesmo, nem na sua capacidade de ser fiel nos dízimos. Ele apenas descansou na bondade incondicional do Senhor, e como podemos ver em Heb 11:21, ele ainda era um homem quebrado quando, antes de morrer "abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão(símbolo da sua humildade diante de Deus), adorou."

Deus não se agrada do cristão que espera ser amado por Deus pelo fato de ser um grande dizimista. Ele quer que nos aproximemos dEle sabendo que "estas são as coisas que Deus deu por Sua bondade".
O filho que agrada o coração de Deus não é aquele que "está agitado e preocupado fazendo muitas coisas" para Cristo (Lc 10:41), mas é aquele que se assenta a seus pés e OUVE o que ele ensina.

(questão 3) O Dízimo na Lei

Tendo visto que o dízimo de Abrão teve apenas o objetivo de demonstrar a superioridade de Cristo sobre a Lei; e que o dízimo de Jacó foi ignorado, antes Deus o quebrantou, para que fosse humilde na sua presença, cabe a nós verificarmos o que a Lei nos fala sobre o dízimo.

Sabemos que a Lei não pode justificar a ninguém, mas quando Israel disse: "tudo o que Deus mandar faremos" (Ex 24:7), foi necessário que lhes fossem dados os inúmeros preceitos da Lei, para que reconhecessem a necessidade de um Salvador que, cumprindo a Lei, os desse vida e paz com Deus (Aleluia!!!).

Uma questão interessante é que cada passagem bíblica sobre dízimo sempre contém instruções cerimoniais. Agregados aos dízimos lá estão as ofertas alçadas, os bodes, os sacerdotes, os levitas, o templo, etc.
O dízimo não era dinheiro, em coerência com todos os textos bíblicos sobre o assunto, o dízimo era alimento.
Isso mesmo, o povo trazia animais perfeitos para a casa do tesouro com três utilidades básicas: ser consumido pelo próprio dizimista perante o Senhor (Deut 14:23); sustentar o clero (Num 18:24) e socorrer os necessitados (Deut 14:28,29).

Vamos fazer a leitura de Deuteronômio 14:22-29. Assim diz a Palavra do nosso Deus:

"Certamente, darás os dízimos de todo o fruto das tuas sementes, que ano após ano se recolher do campo. E, perante o Senhor, teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer habitar o seu nome, comerás os dízimos do teu cereal, do teu vinho, do teu azeite e os primogênitos das tuas vacas e das tuas ovelhas; para que aprendas a temer o Senhor, teu Deus, todos os dias."

Aqui vemos que o dízimo era para ser comido pelo dizimista na presença de Deus no lugar determinado por Deus, o Templo. Continuando:

"Quando o caminho te for comprido demais, que os não possas levar, por estar longe de ti o lugar que o Senhor, teu Deus, escolher para ali pôr o seu nome, quando o Senhor, teu Deus, te tiver abençoado, então, vende-os, e leva o dinheiro na tua mão, e vai ao lugar que o Senhor, teu Deus, escolher. Esse dinheiro, dá-lo-ás por tudo o que deseja a tua alma, por vacas, ou ovelhas, ou vinho, ou bebida forte, ou qualquer coisa que te pedir a tua alma; come-o ali perante o Senhor, teu Deus, e te alegrarás, tu e a tua casa;"

Essa passagem desfaz o argumento dos que dizem "o dízimo não era dinheiro porque naquela sociedade era tudo trocado em forma de alimentos". Aqui vemos que Deus fazia questão de que o dízimo fosse alimento, porque aquilo devia ser comido na presença de Deus no lugar determinado, uma vez por ano (e não mensalmente, como é o salário de muitos que dominam as ovelhas de Cristo). Continuando:

"porém não desampararás o levita que está dentro da tua cidade, pois não tem parte nem herança contigo. Ao fim de cada três anos, tirarás todos os dízimos do fruto do terceiro ano e os recolherás na tua cidade. Então, virão o levita (pois não tem parte nem herança contigo), o estrangeiro, o órfão e a viúva que estão dentro da tua cidade, e comerão, e se fartarão, para que o Senhor, teu Deus, te abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem."

Aqui vemos onde entram os levitas. Eles recebiam a mesma quantia destinada ao estrangeiro, ao órfão e à viúva porque eles não tinham herança de terra, nem podiam trabalhar em outra coisa senão na tenda da congregação. Hoje vemos muitos homens, que se intitulam sacerdotes e levitas, serem sustentados de forma regalada e luxuosa enquanto o irmão órfão, a irmã viúva e o irmão necessitado são esquecidos.
Agora, uma pequena pergunta: se os pregadores são tão zelosos no assunto "dízimo", se eles pregam de maneira tão grave sobre isso, então porque eles não falam nada sobre o dizimista comer do seu próprio dízimo, e sobre o dizimista ofertar aos pobres e necessitados? Muito suspeito.

A SUPERSTIÇÃO DO DÍZIMO, O MITO DO DEVORADOR
Pode o homem comprar uma benção? É triste a situação daqueles que dão dez por cento de sua renda para uma denominação e ficam aguardando por uma benção, geralmente de abastança.

A superstição é uma ferramenta perfeita nas mãos de líderes religiosos. Na Idade Média as pessoas acreditavam que comprando indulgências iriam diretamente para o céu. Quanto dinheiro o clero medieval amealhou explorando a superstição de milhares de sinceros! Hoje, líderes religiosos árabes enganam jovens humildes com a Doutrina da Guerra Santa. Eles criaram a supestição que garante o céu aos que morrerem em combate.
Assim também o é hoje: algumas pessoas estão tão aterrorizadas pelo mito do "devorador" contado pelos seus líderes religiosos que esquecem os outros irmãos necessitados, pensando que a oferta vale mais quando é dada a um "pastor".
Hoje, cristãos sinceros deixam de comprar gêneros de primeira necessidade, deixam seus filhos sem leite e voLtam à pé para casa, para pagar dízimos às suas igrejas.
Põem dez por cento de seus salários num envelope, participam de correntes disso e daquilo, lançam-no na salva de ofertas e saem aliviados. "Agora Deus vai me abençoar. Já cumpri a minha parte". A superstição é tão forte que alguns chegam a pagar dízimo com cheques pré-datados afim de se livrarem da maldição.

Devorador é para quem está na lei. Hoje a Bíblia diz que devemos nos sujeitar A DEUS, resistir ao Diabo, e ele fugirá de nós.
A superstição é a contramão da graça. A superstição manda cumprir exigências a fim de se livrar das conseqüências. A graça já nos fez conseqüências do amor de Cristo. Ele tomou a iniciativa na cruz declarando que somos livres!!!

Por meio dessas testemunhas, podemos ver que o dízimo do Velho Testamento é diferente do tão pregado dízimo das denominações. Hoje não se prega mais o comer na presença de Deus com alegria, não se prega a ajuda aos necessitados e a comunhão com os irmãos na presença de Deus. Hoje a ênfase é em sustentar a obra, pagar a manutenção do templo, a água, a luz da casa do "pastor", "sustentar o sacerdote".

Ora, no Velho Testamento, os dízimos iam para a Casa dos Tesouros do Templo. Hoje nós somos o edifício e a casa espiritual de Deus: "também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo ." (I Pd 2:5)
Ora, no Velho Testamento, era necessário que pelos dízimos se sustentassem aqueles que serviam na tenda da congregação. Hoje, todos nós somos sacerdotes e servimos a Deus como uma pessoa só (1 Pedro 2:9; Apocalipse 1:6; 5:10; 20:6).

Nós sabemos que nós não estamos na Lei. Lá na Lei eles tinham que dar o dízimo, sim. Para eles era algo literal. Mas para nós que estamos na Graça, o dízimo é sombra de Cristo!!!
Sim, isso mesmo!!! O dízimo também é sombra e figura de Cristo!!! Se os holocaustos e todas as coisas do tabernáculo e da lei são sombra de Cristo, porque o dízimo é pregado como sendo dízimo? Porque só o dízimo é literal para nós? Muito estranho.

= Em Êxodo, no capítulo 12, vemos que um cordeiro é morto e que seu sangue é passado nas vergas das portas; isso aconteceu para que o Senhor olhe para a justiça que está no sangue de Cristo e não haja condenação para os que estão debaixo do sangue do cordeiro, que é Cristo.
Nesse mesmo capítulo vemos que a carne do cordeiro também é comida pelos que estavam dentro da casa. Isso significa que o cordeiro não só morreu pelos nossos pecados, mas também que ele se torna vida dentro de nós. Para nós cristãos, isso é símbolo do Espírito Santo que Ele fez habitar em nós.

Bem, o dízimo é a mesma figura daquele cordeiro. As duas coisas tem o mesmo significado.
Existe outra passagem em Deuteronômio que fala sobre dízimo. Está em Deuteronômio capítulo 12, versículos 6,7,11,12.

"6A esse lugar fareis chegar os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e as ofertas votivas, e as ofertas voluntárias, e os primogênitos das vossas vacas e das vossas ovelhas. 7Lá, comereis perante o Senhor, vosso Deus, e vos alegrareis em tudo o que fizerdes, vós e as vossas casas, no que vos tiver abençoado o Senhor, vosso Deus. 11Então, haverá um lugar que escolherá o Senhor, vosso Deus, para ali fazer habitar o seu nome; a esse lugar fareis chegar tudo o que vos ordeno: os vossos holocaustos, e os vossos sacrifícios, e os vossos dízimos, e a oferta das vossas mãos, e toda escolha dos vossos votos feitos ao Senhor, 12e vos alegrareis perante o Senhor, vosso Deus, vós, os vossos filhos, as vossas filhas, os vossos servos, as vossas servas e o levita que mora dentro das vossas cidades e que não tem porção nem herança convosco."

Aqui vemos uma cena: o dizimista traz para o templo animais perfeitos (simboliza Cristo). Esses animais são para holocaustos (totalmente queimado - Jesus na Cruz) e dízimos (comidos pelo dizimista, familiares, levitas, servos... - Cristo sendo vida dentro de nós para que possamos ter comunhão com nossos irmãos).
Podemos ver, queridos hermanos, que Deus não está querendo nos exigir que demos o dízimo. Ele quer que vejamos Cristo como tudo para nós . Como o holocausto para o perdão dos pecados e como o dízimos que serão comidos na comunhão com os irmãos.

(questão 4) A fala de Jesus sobre o dízimo em Lucas 11

Com tudo o que já vimos sobre Lei e Graça, podemos ver que ele estava falando para fariseus. Homens que viviam na Lei. Ou que pelo menos tentavam viver pela Lei.

"O Senhor, porém, lhes disse: Vós, fariseus, limpais o exterior do copo e do prato; mas o vosso interior está cheio de rapina e perversidade. Insensatos! Quem fez o exterior não é o mesmo que fez o interior? Antes, dai esmola do que tiverdes, e tudo vos será limpo. Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças e desprezais a justiça e o amor de Deus; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas. Ai de vós, fariseus! Porque gostais da primeira cadeira nas sinagogas e das saudações nas praças. Ai de vós que sois como as sepulturas invisíveis, sobre as quais os homens passam sem o saber!"

Podemos ver que eles davam o dízimo, mas não estavam dando direito!! Porque seria melhor se eles esmolassem (socorressem os necessitados) do que desprezarem a justiça e o amor de Deus. Naquele tempo, segundo estudos arqueológicos, as melhores casas e palácios pertenciam ao sumo-sacerdote em Jerusalém. Hoje a coisa não é diferente: líderes religiosos espoliam o povo de Deus, enchem seus celeiros, constroem grandes casas, e até fazem lipoaspiração à custa das ofertas dos cristãos enquanto que no meio da Igreja há pessoas que não têm o que comer.

"Porventura, não é este o jejum que escolhi: que soltes as ligaduras da impiedade, desfaças as ataduras da servidão, deixes livres os oprimidos e despedaces todo jugo?" Isaías 58:6

(questão 5) A citação de Paulo em I Coríntios 9:14: "Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho"

Mas não podemos também parar no versículo 14. Devemos ir até o 18:

"Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho; eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo isto para que assim se faça comigo ; porque melhor me fora morrer, antes que alguém me anule esta glória. Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho ! Se o faço de livre vontade, tenho galardão; mas, se constrangido, é, então, a responsabilidade de despenseiro que me está confiada. Nesse caso, qual é o meu galardão? É que, evangelizando, proponha, de graça, o evangelho, para não me valer do direito que ele me dá. "

Segundo a Bíblia, os pastores não são aqueles que dominam o rebanho (nicolaítas), mas são aqueles que servem o rebanho (ministros).
Creio que não é necessário comentar muito sobre isso. Se um irmão realmente é chamado para pastor. Se Deus de fato pôs no seu coração o desejo de edificar, alimentar e consolidar algum irmão em Cristo, A ÚLTIMA COISA QUE ELE VAI FAZER É PEDIR DINHEIRO.
Nessa passagem de I Coríntios nenhuma quantia é estipulada, nem dia de oferta é determinado como é hoje a prática nas denominações. Deus espera para que ofertemos, Ele não precisa apressar ninguém "para que a obra seja feita."

Conclusão

O nosso desejo, nesses anos que temos caminhado com o Senhor, é que os irmãos sejam edificados e que sejam libertos dos fardos e jugos denominacionais.
Vocês verão, amados irmãos, que "amar uma denominação é o maior obstáculo pra amar os irmãos" (W. Nee).
Pelo e-mail que recebi, pude ver que vocês estão conscientes do sistema religioso que está existindo junto com a vida da Igreja. Esse sistema é criado por homens, segue as tradições e conveniências dos homens, e faz concessões à carne. Esse sistema divide o corpo de Cristo em várias denominações e placas, e isso não agrada ao nosso Deus, posto que somos um só Corpo.

Isso é expressado perfeitamente em I Coríntios:

"Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, e sim como a carnais, como a crianças em Cristo. Leite vos dei a beber, não vos dei alimento sólido; porque ainda não podíeis suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda sois carnais."

Porque Paulo está falando de forma tão forte com os irmãos. O que o leva a uma indignação tão grande? Vejamos:

"Porquanto, havendo entre vós ciúmes e contendas, não é assim que sois carnais e andais segundo o homem? Quando, pois, alguém diz: Eu sou de Paulo, e outro: Eu, de Apolo, não é evidente que andais segundo os homens? Quem é Apolo? E quem é Paulo? Servos por meio de quem crestes, e isto conforme o Senhor concedeu a cada um ."

Não é isso que vemos hoje? Uns dizem "eu sou católico", outros "eu sou evangélico", "eu sou batista", "eu sou assembleiano". Acaso o Corpo de Cristo está dividido?

Somos um com os nossos irmãos e temos comunhão com todos os que são salvos pela fé em Cristo Jesus, mas não podemos unir o nosso nome ao das denominações. Com todo o temor que temos em Deus declaramos que aquele que ama as denominações conhece pouco de Deus, é carnal, é criança em Cristo. Entendam bem irmãos, não falo contra os irmãos que tanto amo, mas sim contra esse sistema que distorce a Palavra de Deus e divide o Corpo de Cristo para satisfazer ao homem.
Hoje Deus chama você para assumir a posição de um sacerdote. Saia do jugo desses que se dizem pastores, mas que querem manter as ovelhas sob o seu jugo! Abandone o sistema denominacional, cerimonial, religioso, e qualquer reunião que seja em nome de uma "Igreja" e não em nome de Cristo.

Hoje Deus coloca diante de você uma decisão. Hoje Deus quer provar se você ama mais ao Senhor, ou se você ama a denominação, ou o culto, ou o pastor, ou determinada pessoa que está lá nos cultos...

"...o firme fundamento de Deus permanece, tendo este selo:
O Senhor conhece os que lhe pertencem.
E mais:
Aparte-se da iniqüidade todo aquele que professa o nome do Senhor."
(II Tim 2:18)

"Ouvi outra voz do céu, dizendo: sai do meio dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos "
(Apocalipse 18:4)

Que Deus abençoe os irmãos com essa palavra.
Rogo-te, irmão P., que leve também essas palavras para que a irmã I. as leia.
Quero que saibam, irmãos, que a nossa comunhão é em Cristo Jesus; e que embora certas palavras possam parecer "radicais", são fundamentadas na Palavra, no suor e sangue de muitos irmãos do passado, e nos ombros de servos amados de Deus, que deram a vida para que nós possamos ser livres do jugo dos homens e da divisão.

Se o Senhor permitir, quero ter comunhão com os irmãos, em qualquer ocasião.
Um abraço muito sincero

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