Política: A fome de cargos do PMDB, bancadas se unem para cobrar 20 cargos no segundo escalão

iG teve acesso a lista com indicações. Ao lado de cada cargo aparece entre parênteses as siglas SF, Senado Federal, ou CD, Câmara

Adriano Ceolin, iG Brasília

As bancadas do PMDB do Senado e da Câmara se uniram para finalizar com o Palácio do Planalto a distribuição de cargos no segundo escalão. O iG teve a acesso a uma lista com 20 cargos que circulou na noite desta quarta-feira no plenário do Senado, enquanto era votado o projeto de aumento de salário mínimo em R$ 545.

O BNDES é um banco de fomento vinculado ao Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, comandado atualmente por Fernando Pimentel. Candidato derrotado pelo PT de Minas Gerais ao Senado, ele é tido como homem de confiança da presidenta Dilma Rousseff. Nos anos 1970, os dois atuaram no movimento estudantil e depois na luta armada.No topo da lista está o pedido de duas diretorias no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao lado de cada uma delas, aparece entre parênteses as siglas CD ou SF. São as inicias de Câmara dos Deputados e Senado Federal. Segundo a reportagem apurou, cada bancada quer indicar um nome para a respectiva diretoria.

Desde o começo do governo, o PMDB anda irritado com as ações de Pimentel, principalmente no setor elétrico, onde o partido perdeu postos importantes principalmente na companhia de energia elétrica Furnas. O PMDB avalia que o ministro trabalhou contra a indicação de Hélio Costa, candidato derrotado ao governo de Minas na chapa de Pimentel.

“Nenhum dos nossos derrotados ganhou ministério”, afirmou um dirigente do PMDB nacional. “Agora, na formação do segundo escalão, nós queremos indicar aqueles que fizeram campanha para Dilma nos Estados. Eles deram sua contribuição e não podem ser abandonados”, completou o dirigente que integra a cúpula do PMDB.

Cargos para derrotados

Alguns dos derrotados que o PMDB quer emplacar no segundo escalão aparecem na lista que o iGteve acesso. Ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) é o nome indicado para a vice-presidência de Institucional no Banco do Brasil. Ainda no banco estatal, o partido listou o seguinte: vice-presidências de Negócios e Varejo (SF) e Tecnologia (CD).

Na Caixa Econômica Federal, as duas bancadas do PMDB defendem o nome de José Maranhão, candidato do partido ao governo da Paraíba, para vice-presidência de Loterias. Já vice-presidência de Crédito é associada a Celso Cavalheiro. Junto com o nome de Cavalheiro aparece a sigla CE, Ceará, cujo maior represente do PMDB é o senador Eunicio Oliveira (PMDB-CE).

Ainda na Caixa Econômica, o PMDB reservou a vice-presidência de Pessoa Jurídica. Ao lado do cargo, está escrito entre parênteses “CD”. O posto é parte da cota da Câmara dos Deputados e deverá ficar mesmo com Geddel Vieira Lima, candidato derrotado ao governo da Bahia pelo PMDB. Ele depende, porém, do apoio do vice-presidente Michel Temer.

Incra, APO e Banco do Nordeste

Outro político sem mandato que deve ganhar um cargo é o ex-senador Valter Pereira (PMDB-MS). Ele é o indicado do partido para ciar com uma diretoria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ainda no órgão,a bancada da Câmara pede a permanência de Eva Sardinha na Diretoria de Administração Financeira.

O PMDB quer uma das quatro diretorias na Autoridade Pública Olímpica, que ficará responsável pela realização dos Jogos Olímpicos de 2016. O partido também listou uma diretoria na Comissão Executiva de Plano de Lavoura Caucaeira (Ceplac) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

No Banco do Nordeste, estão três diretorias solicitadas: Diretoria de Negócios (SF), Diretoria de Gestão de Desenvolvimento (SF) e Diretoria Financeira ou Produção (CD). No Banco da Amazônia, duas diretorias ficarão na cota (SF).

A lista é fechada com a manutenção do comando da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) com Roque Oliveira e Flávia Grosso.

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